PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

31.3.06

As doenças sociais de uma Região insular

O alcoolismo e a toxicodependência são as graves doenças sociais que atacam a sociedade açoreana. Sem dó nem piedade! E entram já em qualquer família, seja ela rica ou pobre, nobre ou plebeia. E se querem ver o resultado destas doenças sociais visitem uma instituição de acolhimento de crianças e jovens em risco. São às dezenas!
É na erradicação destas doenças que se deve centrar os esforços do poder político e também da sociedade civil. Que no mínimo deve exigir medidas concretas e rigorosas do poder político. Que infelizmente continuam a tardar.
Se calhar o poder político acha mais apetecível e até mais fácil investir no betão e no foguetório, do que na cura destas doenças sociais. Mas a sociedade civil tem de demonstrar o contrário. Que é maior o benefício da recuperação das pessoas enfermas destas doenças.

Fogosidade e passividade

Assistimos ao sempre triste e deprimente espectáculo de agressões mútuas entre o governo regional e a câmara municipal de Ponta Delgada. É o pior da política a entrar pela casa dos Açorianos, via comunicação social.
Convém relembrar aos políticos, governantes e autarcas, que foram eleitos para trabalharem em prol de uma melhor qualidade de vida das populações, dos munícipes e dos açorianos, e não para se colocarem em bicos de pés para serem vistos pelo maior número de pessoas, usando todos os meios para tal.
Sugere-se menos fogosidade, menos passividade e acima de tudo bom senso e decoro! Por respeito pelos eleitores e pela democraria.

30.3.06

Nova geração de políticas

O presidente do Governo açoriano, Carlos César, disse hoje que apelou aos membros do seu executivo para terem "criatividade e inovação" na sua acção governativa, com vista a uma nova geração de políticas (para assinantes).
Perfeitamente de acordo com a necessidade de novas políticas. Necessáriamente menos espalhafatosas, mais realistas e dirigidas ao emprego e criação de riqueza. E não mais projectos de investimento irrealistas, sem retorno económico, sem valor acrescentado suficiente e altamente dispendiosos. Uma nova geração de políticas dirigidas essencialmente às pessoas, recursos fundamentais para o progresso desta Região, e muito menos ao betão.
Agora duvido que o governo consiga esta nova geração de políticas com os velhos e cansados políticos que tem!

29.3.06

Caloura novamente em perigo


Esta explêndida zona banear e porto de pesca tradicional começa a correr novamente sérios riscos de destruição (digo mesmo destruição!) por parte de betoneiros que agora lembraram-se de prometer aos 100 pescadores locais um cais para atracagem de traineiras e barcos de recreio. Fruto das excitações das campanhas eleitorais. A ideia agora é no lado esquerdo do pontão de pedra basáltica colocar umas toneladas de betão e criar uma nova area para as pescas. Isto num espaço tão limitado vai provocar conflitos evidentes entre pescadores, banhistas, condutores e transeuntes. Por seu lado e paralelamente ao pontão e a um nível inferior querem construir uma faixa de betão para solário. E ainda não satisfeitos querem fazer um passadiço com origem na pequena baia que se forma no lado direito do pontão e fim no lado direito do bar existente. Uma autêntica aberração!
Num local tão sensível em termos ambientais isto pode ser considerado um crime contra o património natural de uma zona que é classificada de SIC ( Sítio de Importância Comunitária).
O promotor desta obra é a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar e com o apoio evidente da autarquia local. Resta saber como a Secretária do Ambiente vai conciliar esta obra com a Secretária do Mar! Quando a Secretária do Mar sabe que há portos de pesca na Lagoa, na Ribeira Quente e em breve em Vila Franca, muito próximos da Caloura. E quando a Secretária do Ambiente sabe que esta zona é um SIC e pertence à rede natura 2000, a ser preservada! Posted by Picasa

Lagoa das Furnas é um risco para a saúde pública

Segundo uma tese de licenciatura apresentada na passada semana por António Ventura, no âmbito do Departamento das Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, o contacto com a água da Lagoa das Furnas é um risco para a saúde pública.
Aqui está um exemplo da ineficiência e incompetência dos nossos políticos. Depois de anos, medidas e mais medidas, muito foguetório, muitas conversas, e muito dinheiro gasto, as lagoas estão pela hora da morte. Já representam um perigo para a saúde pública.
É de bradar aos céus tamanha desfaçatez!
E onde está o SOS Lagoas? E os ambientalistas? E os cidadãos responsáveis? E os cidadãos exigentes? Para chamarem nomes a estes políticos...e exigirem uma política verdadeira.

27.3.06

O trauma e o regresso da religião

...O nosso tempo tem um trauma com a religião, que o deixa sempre embaraçado. Mas paradoxalmente somos tão religiosos como qualquer época anterior. A intelectualidade não deu por isto e trata a fé como folclórica e decadente, mas, vendo bem, o mundo actual é muito devoto...
João César das Neves in DN Online, a não perder.

26.3.06

Decibéis a mais à hora da missa

Nesta Quaresma é necessário fazer silêncio especialmente interior, para uma verdadeira conversão de vida. Mas quando à hora da missa na Igreja Matriz (17 horas) se realiza um espectáculo musical (Racismo nem Pintado), nas Portas da Cidade, com a tal faixa a confirmar o apoio da ANIMA, empresa da Câmara Municipal de Ponta Delgada, é difícil concentrar e fazer silêncio, e até perceber as leituras requer um enorme esforço. Como dizia o Padre José Maria "há um acordo com a Câmara para isto nunca acontecer, mas se calhar Deus está aqui a testar-nos". Entretanto tenhamos esperança, pode ser que a ANIMA se converta e os elevados decibéis de música desapareçam à hora da missa! Posted by Picasa

25.3.06

Para quem tem mais de 35 anos



Tivemos liberdade , fracasso, sucesso e responsabilidade e soubemos lidar com isso.
E fomos muito felizes, com menos bens materiais, mas possivelmente mais espiritualizados. Posted by Picasa

24.3.06

Forum da Família

Com uma excelente newsletter o Forum da Família é um site a consultar.
Faz muito bem à família, a célula fundamental da sociedade, a Igreja Doméstica, o Centro da Fé para os cristãos.

O V Encontro Mundial da Família

O Encontro Mundial da Família (EMF) é uma grande convocação mundial que se realiza cada três anos para celebrar o dom divino que é a família.
Reúne centenas de milhares de famílias dos cinco continentes para rezar, dialogar, aprender, compartilhar e aprofundar o entendimento do papel da família cristã como Igreja doméstica e unidade base da evangelização.
O V EMF celebra-se em Valencia em Julho de 2006, segundo decidiu ainda João Paulo II e ratificou recentemente o seu sucessor Bento XVI.
Na Espanha de Zapateiro, do aborto liberalizado, do casamento e da adopção de crianças por homossexuais, a família tenta recompor-se após estes rudes golpes.

Desenvolvimento harmónico ou desequilibrado?

No Pedradas no Charco, o nosso blogue associado, a questão do desenvolvimento harmónico ou desequilibrado das ilhas dos Açores.

Vítimas mortais após uso da pílula abortiva

Mais duas mulheres mortas nos Estados Unidos após o uso da pílula do dia seguinte (pílula abortiva).

The Food and Drug Administration has been informed of two additional deaths following medical abortion with mifepristone (Mifeprex). The Agency received verbal notification of the deaths in the United States from the manufacturer, Danco Laboratories. At this time we are investigating all circumstances associated with these cases and are not able to confirm the causes of death. However, all providers of medical abortion and their patients need to be aware of the specific circumstances and directions for use of this drug and all risks including sepsis when considering treatment. In particular, physicians and their patients should fully discuss early potential signs and symptoms that may warrant immediate medical evaluation.

Será que a Escola Secundária da Lagoa, pioneira na administração deste fármaco, tem consciência do perigo que correm as alunas adolescentes a quem estão a administrar a pílula abortiva? E os pais destas adolescentes estão informados de que elas têm acesso a este fármaco e da sua perigosidade?

Democratas de pacotilha

A blogosfera começa a estar repleta de democratas de pacotilha. A liberdade de expressão e de pensamento e o direito à diferença, servem para constar da cartilha apenas. Releva-se o ataque pessoal em detrimento da discussão das ideias. É pena porque este espaço (blogosfera) tem potencialidades extraordinárias. Mas há infelizmente intervenientes que só têm língua afiada. O que mingua no conteúdo, limitado e pobre, cresce e abunda na atitude ofensiva e de ataque pessoal. Passados já 34 anos do 25 de Abril ainda há muitos que não sabem usar a liberdade. É pena!

23.3.06

Parque temático na Terceira

O Secretário Regional da Economia afirmou que a escritura do projecto do futuro Parque Temático da Terceira vai ser assinada na próxima semana.
A infraestrutura de animação turística vai nascer num terreno de 30 mil metros quadrados e vai abranger áreas relacionadas com “os endemismos da ilha e com a evolução da agricultura, desde o tempo dos primeiros povoadores até aos nossos dias”, explicou.
O dito Secretário adiantou ainda que esta nova infraestrutura é considerada fundamental para “o prolongamento da estada média dos turistas na Terceira”.
Se não tivéssemos passado já o carnaval, pensaria que se tratava de uma brincadeira própria da quadra. Mas pelos visto isto é verdade.
Os nossos governantes estão loucos ou há dinheiro a mais que dá até para desbaratar, em projectos ridículos, irrealistas, só para calar uma meia dúzia de ditos pensadores(?) e meia dezena de pseudo-empresários da ilha Terceira. Alguém de facto acredita neste projecto e nos seus efeitos no turismo da Terceira? Acham que virão turistas para verem a evolução da agricultura da Terceira desde os tempos dos povoadores até aos nossos dias? O que é que há de inovador e apelativo nisto? Nojenta política, a quanto obrigas!

19.3.06

As caixas da Lotaçor

As caixas de transporte de peixe da Lotaçor passaram já a um autêntico folhetim aqui em S. Miguel. Que revela o estado desta Região e desta sociedade insular.
Os pescadores e os comerciantes de peixe levam caixas da Lotaçor com o pescado. E assinam um documento comprovativo da saída das ditas caixas.
Depois nem todas as caixas regressam á Lotaçor. E aparecem muitas abandonadas no mar ou depositadas na orla marítima, especialmente junto dos portos de pesca. O que é um problema duplo: custos adicionais para a Lotaçor de substituição das caixas perdidas e uma verdadeira conspurcação do ambiente.
A solução é muito simples. Como há o registo da saída tem de haver uma entrada exactamente do mesmo número de caixas. E o assunto fica resolvido.
Mas nesta terra, de brandos costumes, o laxismo impera. E a Lotaçor continua sem exigir a entrega das caixas e limita-se a sensibilizar as pessoas envolvidas. E assim vai continuar...
E os contribuintes vão ter que pagar quase 6€ por cada caixa lançada ao mar ou à rocha.
Porque a empresa pública Lotaçor não é rigorosa e não defende o bem-comum.

O futuro lavrador

O futuro lavrador ou apenas uma ajuda ao pai lavrador, ao fim de semana, num sábado pela manhã, na Fajã de Cima, com frio cortante, que justifica a cabeça coberta, e mãos na algibeira enquanto é possível. Posted by Picasa

16.3.06

Assumido flasher

Na blogosfera um assumido flasher. O seu gozo é exibir-se. Paciência! Pode ser que seja breve!

15.3.06

Turismo: do sonho à realidade

Dados do INE e referentes ao mês de Janeiro de 2006 revelam, nos Açores, uma quebra muito significativa nas dormidas de -23,7% e nos proveitos totais de -22,5%, quando comparados com o mês homólogo do ano anterior.
Depois de um sonho estamos a cair na realidade.

14.3.06

Brejeirice...

Considero o Nuno Mendes um bom profissional da comunicação social e acompanho com particular atenção o seu trabalho jornalístico.
Ultimamente, no seu blogue Sociedade Anónima Açores SGPS, resolve postar fotos de mulheres nuas ou semi-nuas, em poses eróticas. Acontece que estas fotos acabam por surgir no Planeta Açores que é um agregador de blogues e ficam assim disponíveis a todos os cibernautas, jovens e menos jovens, crianças e adolescentes.
Trata-se de uma brejeirice que choca quem navega na blogosfera e amiúde se depara com as despudoradas fotos. É uma brincadeira sem qualquer piada.
Já tive a oportunidade de deixar um comentário no blogue em causa, mas a ânsia de chocar a blogosfera parece maior e lá vêm novamente as fotos.
A blogosfera é de facto um espaço de liberdade. Mas também um espaço de responsabilidade.
O Nuno tem a liberdade de postar figuras femininas nuas no seu blogue. Desde que seja responsável e o classifique de erótico e o retire então do Planeta Açores.
Pede-se mais respeito e bom senso. Para bem da blogosfera.

13.3.06

Mais uma sociedade para a Povoação

...A Povoação conta com duas empresas municipais e duas sociedades público-privadas, a última das quais criada em Setembro de 2005...
...São as duas empresas municipais: a “Espaço Povoação” – dirigida a actividades culturais, desportivas e turísticas -, e a “Povoainvest” - vocacionada para a gestão do património imobiliário. A primeira conta com a sociedade “Povoadesp”, enquanto a segunda soma, desde Setembro de 2005, a Sociedade de Desenvolvimento de Habitação Social da Vila da Povoação...(para assinantes).

Tudo isto é deveras preocupante!
E os grandes projectos para a Povoação são: Piscinas Olímpicas, o Parque Aventura, o Centro Vulcanológico e o Centro de Estágios.
É de loucos...Não há mais palavras para este exagero, para este malbaratar de dinheiros públicos para projectos sumptuosos, irrealistas e inaceitáveis. Quando as necessidades básicas da população ainda não estão cabalmente satisfeitas. Quem põe cobro a este desvario?

10.3.06

Solução para as ilhas de coesão


A solução para as ilhas de coesão, as mais pequenas e frágeis economicamente, passa por potenciar o crescimento económico de S. Miguel. A ilha que tem massa crítica, em termos de território, população e classe empresarial. Potenciar o crescimento económico de S. Miguel vai criar riqueza que pode ser redistribuida. E cabe este papel ao governo como regulador da actividade económica, e nunca como participante ou interventor. Quer isto dizer que a redistribuição deve ser para projectos estruturados, realistas e da iniciativa privada.
Inclusivé esta pode ser a solução para a Terceira, face à fraca dinâmica económica que tem tido. E nunca enveredar por projectos megalómanos, para calar pressões políticas irrealistas, que consomem recursos avultados e sem o devido retorno, face á dimensão do mercado da Terceira e ao limitado empreendedorismo existente.
Apostem em S. Miguel e toda a Região Autónoma dos Açores vai dar um salto para um patamar que não o mais baixo de Portugal e da União Europeia. Posted by Picasa

A Cuba do Atlântico

Luis Bastos hoje no Expresso das Nove toca na ferida:

... "Cada ilha é hoje uma realidade sociológica sui generis e é, em primeiro lugar, aos seus habitantes que deve caber a tarefa de a desenvolver até ao limite das suas potencialidades, capacidades e espírito empreendedor. Hoje, os governos querem-se menos interventores, mais reguladores e devem ser o garante dos direitos e da igualdade de oportunidades dos cidadãos. Os factores que condicionam e entravam o desenvolvimento são intrínsecos e praticamente comuns a todas as ilhas. As razões que levam algumas ilhas a não se desenvolverem ao ritmo desejado pelas suas gentes são, assim, as mesmas que levam a que S. Miguel não se desenvolva ao ritmo desejado pelos micaelenses.O que, no entanto, parece falhar é, sim, uma concepção política que o Governo socialista deveria ter gizado para o desenvolvimento de cada uma das ilhas dos Açores. Passado todo este tempo, não o sabendo ou não o querendo, inauguradas que estão as pressões políticas no seio do partido que o sustenta e temendo-se ainda o descontentamento generalizado na maioria das ilhas, optou então o Governo por um nítido recuo em termos de pensamento e estratégias de desenvolvimento. É pelo menos o que se pode inferir a partir do anúncio de medidas que, a serem implementadas, resultarão necessariamente em proteccionismo e estatização da vida económica..."

É preocupante assistir a este apetite voraz do governo pelo mercantilismo, intervindo a torto e a direito nesta sociedade insular, criando uma rede de malha tão fechada que abafa completamente a sociedade civil, tolda as mentalidades, incentiva a passividade e o clientelismo. Concorre elegitimamente com os empresários, condiciona os seus investimentos e faz das suas associações delegações de secretarias regionais.
É preocupante as intervenções das 19 autarquias mediante mais de duas dezenas de empresas municipais, em áreas tão variadas como habitação, ambiente, animação, lazer, restauração e gestão de parques industriais. Algumas até têm autênticos grupos económicos.
A Região Autónoma dos Açores caminha rapidamente para ser a Cuba do Atlântico. Sem Fidel Castro mas com muitos Raul Ramos, espalhados pelas sociedade anónimas de capitais públicos, pelas secretarias regionais, pelas autarquias, pelas empresas municipais, que concorrem entre si pelo poder económico, com os fundos públicos.
Só há uma solução para inverter este processo degradante e deprimente de gigantismo estatal. É sociedade civil reagir, liderada pelos mais lúcidos, pelos isentos, pelos independentes, pelos empresários, pelos pensadores realistas e pragmáticos, e darem um safanão neste estado de coisas. Na comunicação social, nas associações cívicas, nas associações empresarias, nas associações de classes, fazendo retroceder e encolher este Estado na Região. Não há outro caminho!

Eureka!

Finalmente descobri a necessidade e utilidade do painel que se encontra à entrada de Ponta Delgada pela via nascente, junto à marina. E representa uma visão do futuro.
É pura e simplesmente para distrair e descontrair os automobilistas quando estiverem envolvidos nas enormes filas de trânsito para entrarem na cidade, especialmente com as Portas do Mar e aquela miscelânea de equipamentos que vai comportar.
Aqui está um exemplo da verdadeira cooperação entre autarquia e governo regional.

9.3.06

Progenitor A e B em vez de Pai e Mãe

Em Espanha, agora, substitui-se no registro civil os termos «pai» e «mãe» por «progenitor A» e «progenitor B», respectivamente.
É um rude golpe na família, composta por um pai e uma mãe, um homem e uma mulher.
De Espanha voltamos a não ter nem bom vento nem bom casamento nesta matéria da família.
Espero que se leve a sério em Portugal esta máxima do povo.
Que se impeda este golpe na família, a célula fundamental de qualquer sociedade.
Poderá Zapateiro conseguir o casamento (civil) de pessoas do mesmo sexo e poderá permitir a casais do mesmo sexo adoptar crianças, mas não consegue é que haja matrimónio (sacramento), enquanto a Igreja Católica por cá andar, pelos caminhos terrestres e com a inspiração divina.

8.3.06

Derrapagem financeira nos Centros de Saúde

Aqui está mais um exemplo da gestão danosa deste governo. No ano de 2004 os Centros da Terceira foram responsáveis pela assunção de mais de 20 milhões de euros em despesas não orçamentadas, de acordo com o Tribunal de Contas.
A Saudaçor S A já não consegue cobrir mais o buraco enorme que existe no serviço regional de saúde. Só falta o vice-presidente do governo falar novamente de superavit nas contas da Região, rigor nas contas e autonomia financeira da Região, que até poderia já sobreviver sem transferências do exterior. Como é feia toda esta política, repleta de falsos, cínicos, aldrabões, autistas, incultos, sempre à cata do seu interesse, da sua promoção pessoal. Raça de víboras de colarinho branco!

Dia internacional da mulher


Neste dia da mulher, que não deveria existir, pois deveria ser todos os dias, o meu reconhecimento, apreço e admiração pelas mulheres desta terra insular e deste mundo. Acredito que com a sua força anímica, a sua compreensão, a sua tolerância e a sua sensibilidade vão ser cruciais neste novo milénio, onde o espiritual vai seguramente dominar o materialismo. Este é seguramente o milénio da afirmação da mulher, como mãe, avó, filha, esposa, profissional, política, e acima de tudo como pessoa. Sem necessidade de quotas aberrantes, sem necessidade de privilégios, apenas tendo as mesmas oportunidades que os homens, nesta sociedade ainda masculina, e amiúde repressiva em relação à mulher.
Bem hajam a todas! Posted by Picasa

7.3.06

Luta de pedintes

A questão que tem sido abordada por um classe pensante (?) terceirense sobre o desenvolvimento de S. Miguel comparativamente com as outras ilhas, e a hipotética protecção do governo à ilha maior, é uma argumentação de pedintes, na busca dos miolos da mesa do poder, para alimentar os seus negócios, pouco fazendo por eles, mas acreditando piamente no Estado Providência, que tudo resolve com subsídios, com investimentos absurdos e irrelistas.
O que interessa é demonstrar que a Terceira consegue ser um pedinte mais andrajoso, mais carenciado e mais esfomeado do que S. Miguel, a necessitar urgentemente da ajuda do governo. Em vez de arregaçarem as mangas e irem à luta, assumindo riscos, investindo nas empresas, nas instituições, nas pessoas, e criando valor para a ilha.

Governo mercantilista

O governo para além de equacionar a possibilidade absurda de investir no aumento da pista do aeroporto da Horta, em substituição da ANA, que considera o investimento inviável, pretende agora uma participação financeira, ainda mais absurda, na empresa do grupo ANA que ficará com a gestão dos aeroportos dos Açores, aquando da sua privatização. Mais uma para juntar às muitas SA,s existentes.
Estamos na presença de um governo com um apetite voraz para o mescantilismo.

6.3.06

Governo omnipresente...

O governo regional, por pressão dos marienses, quer que o aeroporto de S. Maria esteja aberto das 21h30 até à meia noite. A ANA afirma que não se justifica. O governo regional então está disposto a pagar à ANA o custo desta abertura adicional. À nossa custa!
O governo regional quer aumentar a pista do aeroporto da Horta em mais 500 m, na sequência de uma promessa eleitoral. A ANA fez as contas e diz que é um investimento inviável e não o faz. Então o governo prontifica-se a custear o investimento. Mais uma vez à nossa custa!
Sinceramente começamos a ficar fartos deste governo (estado providência!) que usa e abusa dos impostos que atempadamente pagamos para avançar para investimentos sem qualquer retorno económico. Malbaratando assim o nosso erário público. Gerindo mal, sem critérios, ao sabor de alguma opinião pública. Sem uma noção abrangente desta Região e das suas necessidades.

Terceira em depressão colectiva?

O programa "O Estado de Alma da Ilha Terceira", transmitido ontem pela RDP, conclui uma realidade deveras preocupante, confirmada pela classe política e pensadores (?) da Terceira: uma grave depressão colectiva.
A ser verdade o que naquele programa foi dito, a solução passa pelo foro psiquiátrico. As folias do Carnaval, as touradas, e todas as famosas festas concelhias já nada resolvem. São apenas paliativos para esta grave depressão colectiva.
Ou então aquele programa faz parte de uma estratégia bem concertada para o desvio de mais fundos para aquela ilha.

3.3.06

O desenvolvimento harmónico dos Açores


As declarações absurdas do pensador(?) Cunha de Oliveira ao Diário Insular, mormente a afirmação de que a ruína da autonomia é o governo estar em S. Miguel, teve o mérito de levantar a velha questão do famigerado desenvolvimento harmónico dos Açores. Que convem ser debatido sem bairrismos e de forma serena e elevada.
As 9 ilhas dos Açores estarem a um mesmo nível de desenvolvimento económico é utópico quiçá lírico. Nunca vai isto acontecer! Nem tem de acontecer.
O crescimento económico dos Açores e o seu progresso social vai sempre assentar na ilha de S. Miguel por 3 ordens de razões:
-Território: S. Miguel é quase 2 vezes maior do que a Terceira. É 12 vezes maior que a Graciosa. É 4 vezes maior que o Faial. É 7,5 vezes maior que S. Maria. Os concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande juntos têm mais área que a ilha Terceira. Um território comparativamente maior tem mais recursos naturais, tem mais potencial económico.
- População: S. Miguel tem 54% da população dos Açores. Tem 2,4 vezes a população da Terceira, tem 27 vezes a população da Graciosa e de Santa Maria e 33 vezes a população das Flores. Apenas o concelho de Ponta Delgada tem mais população que a Ilha Terceira. O concelho mais pequeno de S. Miguel, o Nordeste, tem mais população que as Flores e a Graciosa, e a mesma de S. Maria. Sem pessoas não há crescimento económico, não há desenvolvimento. Os recursos humanos são fundamenatias para o progresso de qualquer região ou ilha.
- Classe Empresarial: S. Miguel sempre teve uma classe empresarial dinâmica, arrojada e trabalhadora. E os empresários micaelenses actuais são descendentes daqueles que no século passado fundaram um banco, uma seguradora, uma transportadora aérea, uma transportadora marítima, uma eléctrica e inúmeras indústrias, como a do açúcar, chá, chicória, tabaco, cervejas e refrigerantes e de lacticínios. Há, e sempre houve, em S. Miguel grande empreendedorismo. Vejamos o enorme surto de investimentos privados no sector do turismo e em projectos imobiliários, nos últimos anos.
Portanto indubitavelmente S. Miguel é e será sempre o motor do desenvolvimento económico dos Açores. E há que incentivar este dinamismo empresarial e desenvolvimento de modo a ser criada riqueza para ser redistribuida. E assim podem as ilhas mais pequenas e débeis beneficiar desta política de redistribuição de riqueza. Errado é coartar o desenvolvimento de S. Miguel à espera de outras ilhas que não têm nem recursos naturais, nem humanos, nem classe empresarial com cultura de risco para o efeito. Desenvolvimento harmónico foi um chavão que serviu para facilitar alguma unidade regional, para voltar mais as ilhas umas para as outras. E até certo ponto fez-se repercutir nas ilhas mais pequenas enormes investimentos públicos em acessibilidades. Mas estes investimento não trouxeram a adequada riqueza nem podiam. Porque não havia massa crítica quer em território quer em população.
Portanto, o governo podia até estar numa outra ilha qualquer, que não em S. Miguel, e o resultado seria sempre o mesmo: um desenvolvimento de S. Miguel sempre superior ao verificado nas outras ilhas. Ninguém tenha dúvidas sobre isto! Desenvolvimento harmónico nunca será conseguido nos Açores. É simplesmente impossível.
Posted by Picasa

O paraíso da ilegalidade...

As obras de construção do parque de estacionamento de S. João, da responsabilidade da autarquia de Ponta Delgada, estão suspensas por estarem ilegais, por ausência de parecer da Direcção Regional da Cultura.
O Teatro Micaelense não tem licença de utilização porque nunca solicitou à Câmara Municipal e por isso realiza espectáculos ilegalmente.
Estamos no paraíso das ilegalidades.
Maldita política...
O povo na sua infinita sabedoria diz: brigam as comadres e descobrem-se as verdades.

A ruína da autonomia...

Poder executivo seria preferível numa ilha mais pequena, defende Cunha de Oliveira. O pensador Cunha de Oliveira relembra que vários estudos, realizados no início da Autonomia, advogam que colocar o poder executivo numa ilha pequena seria melhor para a Região. A ruína da autonomia é o governo estar em S. Miguel.
Aqui está o lobi da Terceira a tentar travar o desenvolvimento de S. Miguel. Este lobi tem como vértice principal o vice-presidente do governo, um bairrista doentio, que apesar de exercer um cargo regional nunca ultrapassou a dimensão de ilha. E agora juntam-se os normais e conhecidos acólitos.
Como estão perfeitamente errados! A teoria económica explica e o mercado demonstra que S. Miguel tem de ser o motor da economia regional, criando riqueza para poder ser redistribuida eventualmente pelas ilhas mais frágeis. Só assim é que se consegue desenvolver este arquipélago. O desenvolvimento harmónico foi e é uma perfeita utopia.

2.3.06

Ainda mais incongruências...

O Governo Regional dos Açores vai instalar no Farol dos Capelinhos um Centro de Interpretação Ambiental, que irá reaproveitar os espaços interiores das construções anexas. Serão investidos "apenas" 2 milhões de euros (400.000c).
A Câmara Municipal da Calheta de S. Jorge vai investir 2,5 milhões de euros (500.000c) num Centro de Animação Cultural.
Isto passa-se na região mais pobre de Portugal e uma das mais pobres da União Europeia e é de facto confrangedor. Uma região ainda com problemas sociais graves por resolver. Onde em S. Miguel proliferam bolsas de miséria, onde as redes de pedofilia e de prostituição de menores se deselvolvem. Com instituições a abarrotar de crianças e jovens sem projecto de vida e sem esperança alguma. Onde uma parte significativa da população não tem acesso aos cuidados básicos de saúde nem a uma alimentação condigna. Onde o alcoolismo e a toxidependência proliferam por toda a parte, mormente no meio escolar.
Enquanto as necessidades básicas das populações destas ilhas não estiverem totalmente satisfeitas o governo regional e as autarquias devem estar proibidos de asneirar desta forma, gastando desalmadamente em projectos muito pouco prioritários e perfeitamente desajustados.

1.3.06

Começa a cheirar a esturro...

Há fortes indícios de que existe já em acção um lobi para travar o desenvolvimento económico de S. Miguel.
A Direcção Regional da Cultura agora resolve criar as maiores dificuldades a projectos imobiliários (instalações da fábrica Melo Abreu e parque do Mini-Costa) ou a obras públicas em S. Miguel (parque subterrâneo no Largo S. João) alegando razões pouco consistentes: património industrial, vestígios arqueológicos, edifício classificado na redondeza etc...
A Ilhas de Coesão S A resolve de imediato apoiar um projecto na Terceira, de instalação de um parque etnográfio (o lá o que seja!) quando esta ilha não é ilha da coesão.
A promoção do destino Açores que tem sido genérica e única para todas as ilhas, por pressão da Terceira, ao que parece vai ser agora localizada.
A Atlânticoline S A, uma empresa de capitais públicos para ter barcos de transporte de passageiros inter-ilhas tem sede na Terceira.
São conhecidas as tendências bairristas do vice-presidente do governo, que nunca ultrapassou a dimensão de ilha (Terceira) apesar de exercer um cargo regional.
Se não houver reacção dos micaelenses vamos novamente estagnar e aguardar pelas outras ilhas, como no tempo do PSD. Mais um grave erro histórico, agora do PS.
Começa já a cheirar a esturro...