PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

30.6.06

Correcção da estrada





A estrada regional Porto Formoso-Furnas está a sofrer obras de correcção de modo a facilitar a circulação de viaturas. Acima de tudo o governo não se lembrou de construir uma via rápida destruindo toda esta maravilhosa paisagem. Como quer fazer com a via tipo SCUT (Sem Custos para o Utilizador) que vai ligar a antiga Fábrica do Linho na Ribeira Grande ao Nordeste. Um verdadeiro atentado ambiental! Que não merece um único comentário dos ambientalistas ou ecologistas. Estranho! Onde estão? Posted by Picasa

PDM e interesses misturados

"O PDM em certas autarquias é uma bolsa de terrenos, onde há favorecimento da valorização em função de quem é o proprietário e onde há a promiscuidade entre interesses privados e o interesse público. Como a legislação é complexa, quem for assessorado por bons advogados consegue fazer o que lhe apetece".
Paulo Morais, ex-vice presidente da Câmara do Porto e autor do livro Mudar o Poder Local.

Qualquer semelhança, aqui nos Açores, é pura coincidência...

29.6.06

E lá se foi o Pesqueiro

Num ápice desapareceu a zona balnear do Pesqueiro.
Dizem que é o progresso. Digo eu que é a betonização desenfreada no ainda e continuado ciclo do betão. E naturalmente a obra do regime Cesariano. Como foi o CCB, os Estádios do Euro 2004, e como vai ser o TGV e a Ota: monstros desnecessários e não prioritários.

O corte da relva

Aqui está o deficiente trabalho dos serviços da autarquia no corte da relva dos espaços públicos.
Por qualquer razão não cortaram todo o espaço.


Depois por outra razão não cortaram junto das árvores.


E ainda por cima deixaram durante dias a fio, no passeio, este triste espectáculo do produto do corte da relva.


Se calhar todo o enfoque está a ser dado nas festas. E obviamente faltam outras coisas.

28.6.06

É hoje, é hoje...


É esta noite que a Fafá de Belém canta na Feira das Culturas, na Ribeira Grande. Bem anunciava Carlos César: violas e brasileiras. E a iniciativa é da Direcção Regional das Comunidades e com o apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Portanto está tudo em casa...

26.6.06

Inauguração das Portas da Cidade

Uma réplica das Portas da Cidade vai ser inaugurada a 22 de Julho, em Fall River.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada convidou todos os autarcas das 24 freguesias do concelho, o presidente da Assembleia Muniucipal, os deputados regionais eleitos pela Ilha de S. Miguel, e ainda os empresários que contribuiram para a concretização deste empreendimento (para assinantes).
É uma enorme comitiva que se desloca a Fall River. O que se justifica plenamente! Vivemos numa Região rica, das mais evoluídas da União... Posted by Picasa

23.6.06

Guerra de alecrim e manjerona

Assunto: ocupação ilegal (?) de 11 lotes pela Câmara Municipal de Vila Franca;
Conclusão: guerra de alecrim e manjerona;
Política no seu pior...

Dará 1.000.000€ ?

Já está fechado o contrato com o cabeça de cartaz do I Festival Musical de Ponta Delgada, que decorrerá a 28 e 29 de Julho, no Campo de Jogos da Fajã de Cima (para assinantes) .

O festival é uma organização da Câmara Municipal de Ponta Delgada, em parceria com a Fábrica de Festas.

Será que vai dar 1.000.000€ para esta festa?

22.6.06

Portas do Mar e Ota

No dia em que o monstro, pomposamente denominado de Portas do Mar, começa a ser gerado, importa referir que este projecto é de tal dimensão financeira que equivale ao Aeroporto da Ota. Isto é, o Portas do Mar representa 2% do PIB dos Açores. O Aeroporto da Ota representa também 2% do PIB nacional.
Mais preocupante é ainda a sua dimensão física, uma verdadeira jamanta de betão na boca do Porto Comercial de Ponta Delgada. E não houve preocupações urbanísticas nem ambientais. Foi um ver se te avias!
Mas ainda mais preocupante é o efeito que este monstro vai ter na concentração e circulação de trânsito na Marginal, já perfeitamente saturada, e que lá para 2008 vai ser um autêntico inferno. Vamos nadar em chapa! Todos, turistas e residentes!
Mas o polvo gigante, autista e arrogante, assim quere. Temos que nos amanhar!
E ninguém fala, a não ser em surdina e nos cantos das ruas, por medo do polvo gigante. É que este povo aprendeu que o silêncio é de ouro. É aquele emprego para o filho, aquele subsídio, aquele fornecimento, aquela empreitada, aquele lugar de prestígio, enfim aqueles jeitos...
Por isso nada como calar não vá o diabo tecer alguma!
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Farinha do mesmo saco...


Fafá de Belém na Feira "Viver Culturas" uma iniciativa da Direcção Regional da Cultura e apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande, juntamente com muitos outros de fora (apenas para assinantes).

Daniela Mercury com muitos outros de fora no I Festival de Música de Ponta Delgada da iniciativa da sua autarquia.

Aqui estão as violas e brasileiras de César, referenciadas recentemente em Rabo de Peixe...

Tudo farinha do mesmo saco...

21.6.06

L´etat c´est moi e mes amis!

Se não fossem os governos socialistas, a Região continuaria estagnada, arrastando-se as dificuldades entre pequenas festas de políticos de paróquia e declarações piedosas.
Carlos César - Presidente do Governo Regional dos Açores
Falso;
Afrontoso;
Deselegante;
Irresponsável;
Sem nível;
Petulante;
Deseducado;
Arrogante.

Declarações típicas de alguém que está há demasiado tempo no poder, a necessitar de "descanso" (da política evidentemente!). A evidenciar claramente o fim de um ciclo? A partir de agora só a "jardinização" dos Açores. Que não interessa aos açorianos.

Sinceramente merecemos melhor! Muito melhor!

20.6.06

A gestação do monstro

No dia que se começa a gerar o monstro, pomposamente denominado de Portas do Mar, nada como apresentar umas simples contas.
O investimento vai rondar 50 milhões de euros (10 milhões contos). Em 2006 prevê-se a atracagem de 80 navios, o que signifiva 130.000 passageiros (média de 1.600 por paquete).
Após a construção do monstro assume-se um incremento de mais 20 paquetes (já em 2008) ou seja 100 navios de cruzeiro em cada ano.
Temos pois um investimento de 50 milhões para um valor incremental médio de 20 navios, ou seja, mais 30.000 passageiros. Se cada passageiro gastar 40€ em S. Miguel, temos um valor incremental de 1,2 milhões de euros.
Significa isto que o período de recuperação deste monstruoso investimento é superior a 40 anos. Um verdadeiro ABSURDO.
E ainda temos que ter em conta o custo de oportunidade deste monstro. Isto é o custo de não se aplicar os 50 milhões em projectos de investimento de maior valor acrescentado e portanto criadores de mais riqueza.
Convém fazer estas contas e desmontar toda a propaganda à volta deste mastodonte a ser colocado na marginal de Ponta Delgada, no dia em que a Câmara Municipal procede às alterações à circulação de trânsito na marginal, numa inusitada cooperação com o governo regional.
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Os efeitos do Polvo Gigante


O Grupo Marques está em negociações com a Câmara Municipal da Ribeira Grande para passar a gestão do parque industrial que pretende construir no Pico de Água, junto à Estrada da R. Grande.
Arriscar para quê? O melhor é entregar tudo ao Estado!
E assim vai engordando o Polvo Gigante. Posted by Picasa

19.6.06

Costa Neves e o RR


A RTP-A, no seu telejornal desta noite, noticiava que o lider do maior partido da oposição, Costa Neves, tinha estado reunido com o Representante da República durante 2 horas. E que tinha sido uma reunião muito proveitosa para Costa Neves, ficando por isso o compromisso de se encontrarem regularmente.
Aqui está um indicador perfeito da situação do maior partido da oposição: caos e desnorte total.
Passar 2 horas de conversa política (?) com um RR esvaziado de competências e de conteúdo é desastroso. É não ter agenda política, é não saber o que fazer, é perder tempo, é trabalhar apenas para uns míseros segundos de antena.
Estamos todos tramados!
Temos um partido no poder com tiques totalitários (autêntico polvo gigante) e uma oposição deprimente e minúscula.

Noites de Verão no Campo de S. Francisco

Iniciou-se no passado fim de semana as Noites de Verão no Campo de S. Francisco. Vão estar 9 barraquinhas disponíveis: 4 para venda de comes e bebes, 4 para venda de bebibas e 1 para doçaria regional.
Trata-se de uma opção para dinamizar aquele espaço de entre outras, naturalmente sempre discutível. Mas o certo é que pode ser uma interessante iniciativa:
  • se houver o cumprimento rigoroso da lei do ruído. O serão não pode perdurar eternamente até às 3, 4 e 5 horas da manhã;
  • se houver condições de segurança durante todo o período estival (e não apenas nas primeiras semanas);
  • se houver o cumprimento rigoroso da lei que impede a venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos;
  • se houver garantia de condições higio-sanitárias nas barraquinhas;
  • se houver animação essencialmente proveniente de artistas e grupos locais;

Se assim for o Campo de S. Francisco pode ser um interessante ponto de encontro das famílias e dos amigos, e mesmo um polo de atracção turística.

Mas, como tudo, tem de ter regras claras e rigorosas no escrupuloso respeito por todos os que lá vão e por todos os que por perto vivem.

E é essencial haver fiscalização durante todo o tempo de duração das Noites de Verão. E não apenas na primeira semana. Mas até 10 de Setembro.

18.6.06

Poupança com o Ilha Azul parado


Afinal ficamos todos, contribuintes dos Açores, a ganhar com o Ilha Azul atracado no Porto de Ponta Delgada, ou noutro qualquer porto do continente.
A continuar assim vamos poupar qualquer coisa como 5 milhões de euros. Nada mau!
Se este dinheiro for aplicado na criação de riqueza nestas ilhas e não na festa e na borga, ficaremos todos a ganhar.
Será que o secretário da economia preparou esta maquiavélica e tortuosa estratégia para melhor aplicar estes milhões do orçamento regional? Posted by Picasa

17.6.06

A via da costa norte



Afinal, e muito bem, o governo parece estar a reconsiderar a construção da via rápida Ribeira Grande/Furnas e Nordeste, na modalidade de SCUT (Sem Custos para o Utilizador).
E então está a proceder a importantes correcções da estrada regional existente, melhorando o seu traçado. Com isto mantem os frondosos plátanos e as deslumbrantes vistas do mar e da costa norte, num espectáculo de invulgar beleza natural. As obras decorrem a bom ritmo, notando-se de facto uma grande azáfama de trabalhadores e máquinas. Muito em breve teremos assim uma estrada mais segura e a propiciar melhor circulação de viaturas, sem destruir a paisagem: os plátanos, as hortências, os agapantos, as verdes pastagens e o mar azul.
Enfim o governo percebeu que é este o nosso verdadeiro cartaz, que pode valer alguma coisa no exterior se potenciado turisticamente. Será ficção? Mas as obras estão a ser realizadas! Lá isto estão. Posted by Picasa

16.6.06

Cidadãos de canga

Indubitavelmente que vivemos nos Açores num regime democrático. Mas num regime democrático sui generis, onde amiúde se verificam tique e evidências de totalitarismo, da parte de um Estado monstruoso, que habita nestas ilhas. Temos liberdade de expressão mas a um custo muito elevado. Quem fala paga pelo que diz! O subsídio que acaba por não receber, o emprego que nunca consegue, o concurso de fornecimento de bens e serviços que não ganha, a empreitada que não consegue. No meio deste charco não é permitido atirar uma pedrada que seja. Fatal como o destino!
As forças vivas da sociedade calam-se. Os empresários percebem que têm de andar de braço dado com o governo ou com a autarquia.
Os dirigentes desportivos não podem ter voz activa. Devem ser subservientes!
Os artistas percebem o valor do silêncio.
Tudo é propaganda. Ou se está a favor do regime ou se está contra!
Pobres Açores, pobres açorianos. Cidadãos de canga! Por tradição, pela história.

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O circuito das marinas


Num verdadeiro rasgo de inteligência, criatividade e génio, o secretário da economia lança o Circuito das Marinas, um extraordinário novo circuito turístico, que vai dinamizar e consolidar o turismo nos Açores, de forma integrada e por todas as ilhas.
Os turistas vêm do continente Português e das outras capitais europeias em voos directos e podem entrar pelas 5 gateways dos Açores. Aí terão, conforme seu desejo, confortáveis barcos de boca aberta reconvertidos ou luxuosos barcos de recreio de particulares subsidiados pelo governo, onde embarcam para a extraordinária viagem de marina em marina por todas as ilhas dos Açores. E a enorme vantagem é que esta deslumbrante viagem é feita á medida das pretensões dos turistas. Que podem incluir 5, 10 ou 15 marinas. Naturalmente que o preço é diferente conforme a quantidade de marinas incluída.
Tendo em atenção o Circuito das Marinas o governo lança-se desesperadamente na construção de mais algumas, de forma a enriquecer ainda mais este interessante produto. A próxima é a de Velas num investimento de 5,1 milhões de euros. Depois seguem-se as da Praia da Graciosa, das Lajes do Pico, de Santa Maria e Lajes das Flores.
Para muitos açorianos isto não passa de ficção.
Mas para um determinada grupo de políticos e autarcas é realidade pura. Perfeitamente desfocada!
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14.6.06

Iatismo?

Alguém acredita que o iatismo é uma actividade de prestação de serviços que traz valor acrescentado para a Região? Todos nós já percebemos que o iatismo é para consumo interno, salvo a excepção da marina da Horta. É ver os barcos que estão atracados nas marinas. São de locais.
Então por que se investe 5,1 milhões de euros numa marina (Velas) para 74 barcos/iates?
E uma marina nas Lajes do Pico? E na Praia da Graciosa? E em Santa Maria? E nas Lajes das Flores?
Com o dinheiro que se vai gastar nestes projectos poderia-se, de facto, dinamizar o potencial endógeno destas ilhas, promovendo pequenas iniciativas empresarias, que estas sim trariram mais-valia e emprego sustentado.Voltamos aos elefantes brancos! Posted by Picasa

13.6.06

Contas aldrabadas!

De acordo com o Tribunal de Contas há quase 29 milhões de euros que estão contabilizados como investimento e incluídos no Plano da Região que se destinaram à Aquisição de Bens e Serviços Correntes e Pagamento de Pessoal, portanto despesas de funcionamento. Este valor representa 13% das despesas do Plano.
É o governo regional a esconder despesa de funcionamento sob a capa de despesa de investimento.
E são estas as contas públicas que tanta propaganda têm gerado? Superavitárias? Aldrabadas sim!

Ajuda para o Afeganistão


Esta iniciativa é para construção de um orfanato, uma clínica e um centro escolar no Afeganistão.
Mas não era preciso ir para tão longe. Aqui bem perto há instituições de solidariedade social a necessitar urgentemente de ajuda. Especialmente as que acolhem crianças em risco e crianças deficientes. Que aguardam desesperadamente por uma mão amiga. Que bom seria se a Sociedade Coliseu Micaelense se se lembrasse delas. Estão mesmo aqui ao lado!
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9.6.06

A política festivaleira e irresponsável

Depois de há muito estar a denunciar, nos meios de comunicação social, a política festivaleira e irresponsável que se vive nos Açores, pregando autenticamente no deserto, finalmente, o chefe do executivo, Carlos César, veio a público também denunciar o exagero de festas, violas, guitarras e brasileiras importadas, para divertir os açorianos, e da iniciativa das autarquias.
E estas deviam concentra-se em obras para a melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes, como seja a habitação social.
Dizia ainda que muitas autarquias não têm dinheiro para a sua parte de 20% para a construção de habitações mas têm milhões e milhões para festas.
Afinal não estou só. Mais alguém, e com muita responsabilidade na Região, também já percebeu o exagero e a irresponsabilidade da política festivaleira que se vive nas ilhas.
E afinal percebe-se perfeitamente que os dois maiores partidos políticos da Região são igualmente responsáveis por este devaneio de pão e circo. Com o nosso dinheiro!
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Volta Açorline

Volta Açoline estás perdoada! Mesmo com o velho Golfinho Azul!
A saga que se vive com os transportes marítimos de passageiros inter-ilhas é irrealista e inaceitável. Depois da experiência dos últimos anos como é possível cometer os mesmos erros? Onde está o sentido crítico e o discernimento(?) da secretaria de economia?
Que ingenuidade, irresponsabilidade e incompetência! Que petulância!
E chama-se a isto governar? Pura e simplesmente sacudindo a água do capote? Por amor de Deus, no mínimo, assumam as responsabilidades!
É que estamos a pagar,como contribuintes desta região, cerca de 1.000€, por cada dia de atraso. Sim, nós contribuintes! É que a Transmaçor é participada em 20% pela Região, por nós, contribuintes. Por isso a Região, nós, contribuintes, pagamos parte da multa.
Portanto chegamos ao cúmulo, ao ridículo, de não termos barco e ainda pagar uma multa diária!
É de mais!

8.6.06

Espantoso!

Duarte Ponte reconhece “erros” da Transmaçor.
Atraso no início da operação é explicado pela falta de experiência da Transmaçor que cometeu “erros iniciais” durante o processo por “falta de experiência”, reconheceu o secretário regional da Economia.

E os erros grosseiros e inaceitáveis do secretário regional da economia? É preciso ter descaramento! Continua a saga...

Regresso à Ilha


Após uma semana fora da Ilha, surge o regresso à Ilha, que não deixaria por nada deste mundo, mas que não sei bem porquê! Há aliás todas as razões para não voltar, mas é impossível deixar a Ilha. Estará na lava que nos corre nas veias? Na natureza da Ilha? No Ecce Homo? Ou em tudo isto? Não sei! Só sei que não largo a Ilha. Apesar de tudo! Da mesquinhez e da hipocrisia, da dependência política, da ausência de sociedade civil, do gigantismo do Estado, da omnipresente conotação política, e até da condicionada liberdade de expressão.
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