Não se entende a gritaria e a excitação do vice do governo regional sobre o grande desempenho do seu governo no desenvolvimento e crescimento económicos dos Açores. Quando os milhões e milhões vindos da UE apenas trouxeram míseros tostões de criação de riqueza nestas ilhas.
De acordo com o quarto relatório sobre os progressos realizados em matéria de coesão, divulgado pela publicação Inforegio News, e com base em dados de 2003 do Eurostat, os Açores, em termos de rendimento per capita, estão em Portugal apenas à frente da região Norte. Enquanto os Açores se quedam nos 61,1 %, o Norte não ultrapassa os 57,4%, quando a média do país é de 72.9%. A Madeira tem 90,4%.
Quando comparado com as outras regiões ultraperiféricas, atrás dos Açores e na cauda apenas a Guiana Francesa (região inserida na amazónia) com 57,6% e a Reunião com um valor muito semelhante ao dos Açores(60,2%).
Outra região arquipelágica, as Canárias, tem 91,1% do rendimento per capita da UE .
Os Açores, com os milhões e milhões que receberam e recebem, continuam a integrar o grupo das 12% piores regiões da UE, num total de 253 regiões.
Mas é isto um bom desempenho?
A Região Autónoma dos Açores continua com apenas 61% do rendimento per capita da UE a 25 países, quando tem sido das regiões que mais fundos comunitários tem recebido e de forma regular.
O que se passou então?
É preciso claramente levantar esta questão pertinente, face à intoxicação pública encetada pelo governo regional.
