PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

18.6.05

Questões sobre o Portas do Mar

São de natureza económico-financeira as questões que coloco sobre este projecto de investimento:
1. Foi realizada uma análise de custo/benefício sobre este projecto de investimento?
2. Apesar da cobertura financeira deste projecto ser essencialmente da União Europeia a Região vai entrar ainda com 13-15 milhões de euros. Mas a questão coloca-se essencialmente ao nível da exploração deste projecto. É este projecto auto-sustentável ou vai ficar dependurado por muitos anos no Orçamento da Região?
3. Qual é o ponto crítico deste projecto de investimento? 100 paquetes por ano dá? Ou serão necessários 200 ou 300 paquetes por ano? É isto aceitável?
4. Um pavilhão de 4.000 m2 para grandes exposições de arte ou para as feiras do Santo Cristo é viável, especialmente quando construído em terreno conquistado ao mar e por conseguinte muito oneroso?Não é de facto um verdadeiro exagero?
5. Não haviam alternativas, bem mais reprodutivas, para aplicar cerca de 50 milhões de euros em S. Miguel? Um terminal para graneleiros? Um porto de pescas? O aproveitamento do saco da doca? Libertando assim o actual porto comercial para paquetes?
6. Cerca de 50% deste investimento, ou seja perto de 25 milhões de euros, vão directamente para empresas do exterior, não criando riqueza na Região. Estudou-se a possibilidade de dividir a obra em empreitadas mais pequenas para favorecer os construtores regionais e assim ficarem cá a grande maioria dos recursos financeiros?
7. E por último, como não poderia deixar de ser para grandes obras, foi realizado um estudo de impacte ambiental?

Não temos todos o direito de ser clara e inequivocamente esclarecidos, como cidadãos desta terra e contribuintes?