PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

8.6.05

Sociedade Dependente

A sociedade civil é quase inexistente nos Açores. O Estado na Região é comparativamente mais monstruoso do que o da República. Tem uma rede tentacular que atravessa toda a sociedade, tornando-a assim, dependente, indiferente e apática. Por razões estratégicas! Aquele emprego na administração regional, o subsídio para o clube da freguesia, o concurso público para aquela obra do governo ou da autarquia, uns blocos e cimento para reparar a casa, o fornecimento de serviços e materiais à administração regional, o apoio do Banco Alimentar, a atribuição da desejada casa a custos controlados, aquele projecto para certa secretaria etc...Em linguagem popular"está tudo amarrado". Não admira portanto que apareçam notícias como a de hoje do Jornal dos Açores, em que o arquitecto que fez o projecto para as obras no ilhéu de Vila Franca, uma obra polémica numa reserva natural, e que recebeu 1.800€, é também o responsável pela Quercus nos Açores. E mais preocupante é a Quercus considerar isto perfeitamente normal. A partir de agora quem pode acreditar na Quercus? Se anda "enrolada" com o governo! Precisamos de verdadeiros ambientalistas nos Açores! Isentos, idóneos e verdadeiros defensores do ambiente!Não precisamos, e até dispensamos, associações politizadas e dominadas por governantes "habilidosos" e pouco sérios.