Propaganda do Ministro
O ministro da Saúde defende que o aborto seja despenalizado e pretende "incentivar o sector público" a praticá-lo de acordo com a lei, mas admite que o sector convencionado pode avançar primeiro nestas operações. Hoje fazem-se mil abortos por ano no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no âmbito da actual lei, o que é "muito pouco" para António Correia de Campos, que culpa a relutância de médicos, enfermeiros e administrativos do sector.
São declarações descabeladas, de um governante que devia ter mais sensatez e que infelizmente já nos habituou a ser desbocado.
Culpar os médicos, enfermeiros e administrativos pelos pouco abortos realizados é injusto e demagógico.
O aborto só é legamente possível se realizado com a supervisão de um médico e em estabelecimento de saúde autorizado e apenas nos seguintes casos:
- a gravidez representar perigo de morte ou de lesão grave e duradoura para a saúde física e psíquica da mulher e for realizado até às 12 semanas de gestação;
- em caso de malformação congénita ou doença incurável do feto e for realizado até às 24 semanas;
- e em caso de violação da mulher, até às 16 semanas de gestação.
Naturalmente que nenhum profissional de saúde idóneo vai fazer abortos noutras situações. Além de que pode sempre alegar objecção de consciência, o que é perfeitamente legítimo, tratando-se da vida de um nascituro, de um ser humano em gestação.
As declarações do Ministro são pura propaganda pro-aborto, reprovável da parte de um governante, que abusivamente tira partido da sua função.
Devia era estar calado e aguardar o desenrolar dos acontecimentos no que se refere a um outro possível referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez. E deixar os cidadãos, em consciência, decidirem sobre esta sensível matéria.
Nunca condicionar a opinião pública como pretende com estas afirmações. Lamentável!
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