PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

18.2.07

Uma Lei inútil

Quase 40.000 açorianos disseram Não à despenalização e liberalização do aborto no referendo do dia 11 de Fevereiro. Foram 69% dos votantes, uma esmagadora maioria.
Embora a despenalização, fruto de alteração ao código penal, seja aplicável aos Açores, por ser competência exclusiva da República, a involvência do Serviço Regional de Saúde e o pagamento dos abortos pelos contribuintes açorianos não é aceitável. Os açorianos assim o disseram de forma livre e clara.
Os 40.000 açorianos disseram que o aborto não é prioridade para o SRS, mas sim a prestação de mais e melhores cuidados de saúde para mais Vida e de melhor qualidade.
E como vivemos em democracia o governo regional assim deve proceder.

4 Comments:

At 2:06 da manhã, Blogger Tia Joana said...

Essa ideia de não querer que o Referendo se aplique nos Açores é velha. Já quando a lei que hoje existe, que foi aprovada em 1984, havia quem a não quisesse também nos Açores.
Apelar a coisas do tipo "Açores: Reserva da Vida", como vi há dias num jornal regional é, em si, um despaupério.
É já tempo de acabar com estas barbaridades. Ademais, o senhor como eu, sabe que os abortos se praticam. ou não é assim?
Porque é que, em vez, de estar tão colado aos 40.000 açorianos que disseram não; esquecendo-se dos outros mais, que disseram "nim", o dr. luís anselmo, não ocupa o seu tempo, a procurar soluções para combater o recurso ao aborto, à semelhança do que se quis fazer com o Referendo, que ganhou, em Portugal Continental, e que irá, obviamente ser applicado nesta Região. Mesmo que 40,000 tenham vontado não e mais de 50,000 não tenham querido ir votar.
Pode começar por aí; pense porque é que tantos milhares de açorianos não foram votar! E depois, venha-me falar de imitações dos anos 80 e outras coisas em tudo semelhantes.
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É pena que só agora estes "novos" autonomistas tenham acordado! Tempos houve em que as suas forças de gargante e dedos opinadores muito foram precisas para defender os Açores; porém, nem um esguicho de voz se ouviu quando em plena base das lajes, Durão Barroso fez dos Açores o seu quintal, POR EXEMPLO.
Não me lembro de, então, ter ouvido o sr. dr. luís Anselmo.
Tenha paciência.

 
At 2:10 da manhã, Blogger Tia Joana said...

O que é que para si é aceitável que seja pago com os nossos impostos?

 
At 10:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Por princípio não respondo a anónimos. Por favor apresente-se claramente e não a coberto do anonimato.
Tenho muita pena.Mas no meu blogue mando eu!

 
At 4:19 da manhã, Blogger Tia Joana said...

Respeito-o por isso. Com evidência clara é óbvio que o blog é seu e que só responde aos anónimos que entender. Ou nem responde. Não privamos. Logo, eu para si e você pra mim, mesmo que eu me identificasse com nome (primeiro e último) não me conheceria. Sou, porém, um cidadão açoriano. Atento o suficiente para não me lembrar de que Vexa. tenha levantado a voz pelos Açores de forma tão veemente como agora aparenta. E isso, caro Doctor, ainda que o blog seja seu, ainda que se permita ou se proíba de responder a anónimos, como me apelida, não pode impedir-me de lhe dizer. A menos que me bana! É sempre mais fácil apagar aquilo que não se quer ver, ler ou ouvir. É como o aborto. Ele existe. Mas desde que não seja feito nos Açores, tudo bem. Não é?
Estamos conversados.

 

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