PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

26.9.07

Listas de espera: agora é que é?

Neste momento, são 5.400 utentes a aguardar cirurgia no hospital de Ponta Delgada, cujas listas engrossam sobretudo nas especialidades da cirurgia vascular (644), ortopedia (400) e urologia (322), aponta o presidente do conselho de administração do Hospital Divino Espírito Santo, Armando Anahory.
E isto como se compagina com o discurso "cor de rosa" dos milhões e milhões? Com o superavit das contas do governo? Com as Portas do Mar? Com as SCUTS?
O governo quer investir 4,3 milhões para recuperar listas de espera. Agora é que é, 10 anos passados. Esqueceram-se dos cuidados de saúde!

Arrogância

...Nos últimos dias temos assistido a algumas declarações menos pensadas da classe política no poder, a alguma displicência e arrogância. Apelidar os outros de mentirosos, ignorar a oposição, fazer ameaças veladas aos jornalistas ou remeter-se ao silêncio... são, em regra, mau sinal.A democracia não é compatível com “blackouts” políticos.
Vivemos uma democracia nestas ilhas "sui generis", demasiada estatizada e musculada.

16.9.07

Ainda na cauda do país

Em 2005, os Açores eram a Região que apresentava o poder de compra per capita mais baixo do país, um número índice que compara o poder de compra regularmente manifestado nas diferentes unidades territoriais, em termos per capita, com o poder de compra médio do país, ao qual foi atribuído o valor 100 (AO para assinantes).
Apesar da avultada entrada de fundos, proveniente de um quadro financeiro muito favorável, como nunca antes, os Açores não arrancam, assim continuando uma das regiões mais pobres da União Europeia.
Não conseguimos criar riqueza. Grande parte do investimento público não é reprodutivo, e assim não induz mais actividade económica. Há muito desperdício de recursos financeiros. E o resultado está à vista.

15.9.07

Dalai Lama

Não entendo porque a Assembleia da República e mormente o seu Presidente recebem o Dalai Lama com pompa e circunstância. E muito menos porque é denominado de "sua santidade".
Convem não esquecer que por detrás daquela pretensa inocência e postura pacificadora há fortes interesses políticos. E têm a ver com um Tibete livre da China. Que até poderá justificar-se. Não está em causa. Mas vir na qualidade de lider religioso para promover implicitamente a sua causa política não parece aceitável. Não sejamos ingénuos!

Que atire a primeira pedra!

Um homem pode a qualquer momento errar. E erra. Luis Felipe Scolari errou e um erro grave. E vai naturalmente assumir e sofrer as consequências. Mas nada justifica este delírio quase colectivo de esmagar e destruir o "sargentão".
Quem não erra que atire a primeira pedra!