PARI PASSU

O acompanhamento, a par e passo, da vida nas Ilhas dos Açores, desde a economia e política até à cultura e religião.

31.5.06

O polvo gigante

O polvo gigante (o Estado) avança perigosamente abafando tudo e todos nestas ilhas dos Açores.
É preocupante e assustador!
Agora foi a vez do jornalista Nuno Mendes ser apanhado pelo polvo gigante. A partir de amanhã começa a trabalhar como assessor do secretário da presidência. Calaram mais uma voz! Somos cada vez menos a falar, a debater, a denunciar, a ter espinha. Há que resistir! Posted by Picasa

Salgalhada

O presidente do Grupo Espírito Santo (BES) defendeu ontem que a economia açoriana tem um "grande potencial de crescimento" e destacou o "exemplo único" da situação das finanças públicas regionais, com "saldos positivos" nos últimos anos.
Aqui está uma verdadeira salgalhada de quem não conhece a realidade das finanças da Região.
Convem explicar a este senhor que estes resultados são fruto de maquilhagem financeira de um jovem político demagogo que gere as finanças da Região.
O tal superavit de 22 milhões, que tão badalado foi, resultou apenas de um acerto extraordinário dos impostos do governo da república e que não foi previsto no orçamento. Portanto nada de relevante.
Aquilo que é apelidado de verdadeira autonomia financeira da Região é o facto das receitas próprias da Região terem coberto e, segundo o secretário, até ultrapassado em 56 milhões, as despesas de funcionamento da administração regional. Portanto em 2005 as receitas dos impostos deram para pagar os ordenados dos funcionários públicos e todas as demais despesas da máquina regional.
Mas torna-se essencial explicar como o governo engendrou esta situação.
As contas que o governo apresenta agora não são comparáveis com as contas apresentadas no passado essencialmente porque há despesas/investimentos que no passado eram incluídos no orçamento e que foram desorçamentadas, mantendo contudo o governo a responsabilidade eventual por via de aval.
A desorçamentação acontece particularmente na saúde (Saudaçor) e em obras públicas (SPRIH e Gestão dos Portos). E vai continuar com as novas sociedade para o ambiente, para o transporte marítimo de passageiros e para as ilhas da coesão. Para comparar as contas teriam de ser feitas várias correcções que adicionassem à receita e à despesa as receita e despesas próprias destas sociedades. Isto equivale a dizer que as contas do governo seriam agravadas no montante equivalente ao défice destas sociedades cujo accionista único é o governo. Uma estimativa deste défice é os avales do governo, que totalizam já 400 milhões.
Foi pena o Dr. Salgado não ter falado antes com o Dr. Gualter Furtado que naturalmente lhe explicaria tudo isto.

30.5.06

A saga dos transportes marítimos de passageiros


Os Açores estão novamente a sofrer da saga que se tornou o transporte marítimo de passageiros inter-ilhas. Afinal ainda não há barco nem se sabe quando virá. É triste mas é a realidade nua e crua.
Há que tirar ilações de mais este concurso público no qual se empenhou o secretário regional da economia pessoalmente, e o seu gabinete. Que tem de assumir as suas responsabilidades, da mesma maneira como tem recebido os dividendos políticos desta operação, no passado.
Mais um falhanço! Com prejuízos graves para as ilhas que mais beneficiam deste transporte marítimo de passageiros e viaturas. A pequena economia de S. Maria está a perder dinheiro por cada dia que o barco se atrasa. O que é importante para uma ilha com problemas de desenvolvimento económico. Para não falar na Terceira, na Graciosa e no Faial e Pico.
Para além disso estamos a falar de avultadas verbas do erário público que não estão a ser bem geridas, desta forma.
Mais uma vez não deve a culpa morrer solteira...Mas, nesta terra, tudo se amanhaPosted by Picasa

Audi Q 7


Um verdadeiro prodígio da técnica, próprio para a cidade e campo. Circulam já 2 viaturas em S. Miguel, que impressionam os admiradores de viaturas de luxo. Posted by Picasa

29.5.06

Apelo urgente


Precisa-se de lugar na Sata internacional, de Ponta Delgada para Lisboa, no dia 1 de Junho, para poder ir trabalhar na capital. Quem puder dar pistas para conseguir este lugar agradece-se enternecidamente. E recompensa-se, em valor a negociar, e desde que inferior ao acréscimo da tarifa económica para a executiva.
É o caos instalado nos transportes aéreos de e para Lisboa.
O secretário da economia tanto fez que estrangulou completamente esta Região. Cartelizou o transporte aéreo.
De que interessa ter voos para Londres, Frankfurt, Amesterdão, Madrid se a Sata não consegue uma oferta adequada de voos para Lisboa? É um pessimo serviço prestado aos micaelenses. Pelos vistos a frota está curta para tantas deambulações ditas de turísticas, e obrigadas pela tutela. Todos falam em surdina desta situação. Mas ninguém reage: agentes de viagens, hoteleiros, passageiros e associações empresariais.
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28.5.06

Eu não vou...


Nem a este nem ao da Fajã de Cima (Espécie de Rock in Rio regionalizado ou municipalizado). Posted by Picasa

Consciências pesadas...

Os resultados contabilísticos tornados públicos quanto à actividade do Coliseu Micaelense, não podem, nem devem servir de pretexto para se fazerem críticas diversas que só estavam à espera da primeira oportunidade para virem a lume (para assinantes).
Consciências pesadas? Ou condicionamento de opinião?

Drogas...



...é inadmissível que só agora, no terceiro mandato, o governo regional tenha adoptado um Plano Regional Contra as Toxicodependências...É preocupante ver hoje que miúdos de 12 e 13 anos são dependentes de heroína, quando num década atrás, quando muito, consumiriam haxixe... (para assinantes).
É o que se passa nestas ilhas maravilhosas dos Açores.
Droga de políticos que temos...São coniventes neste estado de coisas, por omissão. Posted by Picasa

Festival de Música de Ponta Delgada


Uma espécie de Rock in Rio, o Festival de Ponta Delgada, vai realizar-se no final de Julho, no campo de jogos da Fajã de Cima, em mais uma iniciativa da Câmara Municipal.
Muitos e importantes artistas de fora, muito bem pagos, vão estar presentes e mesmo bandas locais.
Certamente que o povo vai gostar, as cervejeiras vão adorar e a Fábrica de Espectáculos aprecia e vai agradecer. Mas naturalmente não é o que o concelho precisa nem a Região, no seu estádio actual de desenvolvimento económico. Posted by Picasa

25.5.06

Concelho feliz?



O concelho de Ponta Delgada é o 4º. pior dos Açores na prevalência do consumo de álcool, com uma taxa de quase 62%. Pior do que Ponta Delgada só Lajes do Pico, Velas e Calheta.
Aliás o que se esperava? Posted by Picasa

A destruição da juventude pelo álcool

21% dos açorianos inicia o consumo de álcool antes dos 15 anos de idade, mas se prolongarmos o período de início para antes dos 20, atinge-se os 83% do total da população.

E entretanto estamos todos a dormir um sono profundo, embalados pela política festivaleira que é implementada, enquanto se detroi a juventude açoriana, o principal recurso destas ilhas atlânticas.
E o governo regional que faz? E as 19 autarquias? E a PSP? E a sociedade civil? E as associações cívicas? E a família? Estamos no limbo! Até quando?

24.5.06

Alcoolismo: chaga social

Dezenas de jovens deram entrada na urgência hospitalar com excesso de álcool, durante as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada (para assinantes).
O alcoolismo é neste momento um flagelo social nos Açores. Ninguém pode esconder este facto. Mas muita gente pode e deve contribuir para o seu combate: sociedade civil, governo, autarquias e famílias. Há que criar e cumprir regras para o consumo de bebidas alcoólicas. Há que condicionar a publicidade de bebidas alcoólicas. Há que cortar a oferta descabelada de bebidas alcoólicas. Há que lançar uma forte campanha de sensibilização para as consequências do alcoolismo especialmente nos jovens. Muito há a fazer. Falta coragem e determinação para erradicar esta chaga social. Entretanto cada vez mais jovens enveredam por este penoso caminho, degenerativo e perigoso. E assim instala-se a sociedade do consumo, do divertimento e da irresponsabilidade infelizmente amiúde com o apoio do poder político.

VERGONHOSO!

A saga do transporte marítimo de passageiros e viaturas é vergonhosa e atentatório para os cidadãos dos Açores. Muitos Açorianos, mormente, marienses, terceirenses e graciosenses, foram impedidos de participar nas festas do Senhor Santo Cristo a preços mais vantajosos, ou se vieraram teve que ser por via aérea, pagando assim muito mais. Tudo isto porque os famigerados barcos da Transmaçor ainda não chegaram, nem ninguém sabe quando acabarão por aqui atracar. Agora o proprietário do "Baía de Málaga" deixa um aviso: sem se cumprir o contrato o navio não virá para o arquipélago.
Mas o que mais incomoda é o silêncio sobre esta saga. E os marienses nada têm a reclamar sobre esta situação? E os empresários das várias ilhas, que dependem em parte deste transporte marítimo, calam-se? E o Secretário da Economia nada tem a justificar? E a Transmaçor não tem a obrigação de explicar o que está a acontecer? E a Câmara de Comércio e Indústria não reage?Sinceramente isto começa a enojar. São dinheiros públicos que estão em jogo meus senhores! Acabem com esta leviandade e irresponsabilidade!

23.5.06

Barracas, petiscos e muito álcool



O alcoolismo está a corroer a sociedade micaelense, começando pelos mais jovens e em idade escolar. Não é por acaso que o último estudo sobre este flagelo, da responsabilidade do Institudo da Droga e Toxicodependência é bastante desfavorável em relação aos Açores, que está entre as piores regiões nacionais no que concerne ao consumo de bebidas alcoólicas por jovens em idade escolar.
O que se passa em S. Miguel reflete bem a irresponsabilidade dos governantes e autarcas e também da sociedade civil. A onda festivaleira (significando muito álcool, muita música e permissividade quanto baste) que assola esta ilha de S. Miguel é da iniciativa das autarquias e do governo ou apoiada financeiramente pelos mesmos. Num exagero inqualificável. A sociedade civil, por seu lado, são se organiza para exigir o cumprimentos de regras para a venda de bebidas alcoólicas, e para acabar ou reduzir esta onda hedonista, que vai destruindo muitos jovens e muitas famílias. O alcoolismo deveria ser considerado desde já um FLAGELO REGIONAL a combater com todas as armas.
Infelizmente nas festas do S. Santo Cristo voltamos a assistir a esta onda de barracas, petiscos e muito álcool. Num verdadeiro espectáculo terceiro-mundista, que não há forma de se superar.
O Nuno Mendes, no Jornal de S. Miguel, toca novamente neste assunto. Há que fazer qualquer coisa! A sociedade civil tem de reagir. As famílias têm de fazer muita pedagogia. Os governantes e os autarcas têm de enfrentar este problema com pragmatismo . Assim é que não vamos nada bem. Posted by Picasa

19.5.06

Défice humano e demográfico

Toda a gente fala do deficit económico e, provavelmente, vai passar-se, mais uma vez, ao lado do drama, que outro nome não se lhe pode dar, do deficit humano e demográfico do nosso país e da destruição programada das famílias normais.
De António Marcelino, no Correio do Vouga.

18.5.06

Insegurança é subjectiva...


Insegurança é subjectiva.
Furtado Dias
Comandante Regional da PSP

Os meus pais, septuagenários, vivem numa casa em plena vila da Lagoa, com portas reforçadas, grades nas janelas, com trancas e alarmes, telefone à mesa de cabeceira, e mesmo assim uns energúmenos tentaram arrombar a casa entrando pelo telhado, com eles no seu interior. Será isto subjectivo? Ou sugestão ou até delírio? Será apenas um pesadelo?
Bem não devemos estar a viver na mesma ilha! Posted by Picasa

A saga marítima continua...

Instalação de portas laterais no navio foi mal realizada. Por isso, o navio teve de regressar a doca seca para reparar as deficiências. Navio deverá demorar ainda algumas semanas para chegar aos Açores.
O secretário da economia corre o risco de fazer dois mandatos no governo sem conseguir acertar num concurso político.
Oxalá não digamos: volta Açorline, estás perdoada!

Conversa de bêbados

Costa Neves diz que há insegurança nos Açores. Furtado Dias defende que a “insegurança é subjectiva”. Costa Neves diz que faltam meios à PSP, Furtado Dias nega.
É o que se chama um diálogo de surdos ou em linguagem popular uma conversa de bêbados.
Segundo Furtado Dias, “as pessoas um dia podem estar mais bem dispostas e não terem problemas de segurança, outro dia podem estar mal dispostas e até terem um problema de segurança. A insegurança é um problema subjectivo, agora não quer dizer que não haja crime pois este existe todos os dias, agora as pessoas é que têm que se precaver e tomar medidas para evitá-los", disse.
Chama-se a isto estar na estratosfera!

O apóstolo da rua


O padre Weber Machado Pereira foi ontem objecto de uma significativa e justa homenagem prestada por toda a comunidade Açoriana. A Igreja de S. José foi pequena para tantas pessoas, que numa quarta-feira às 18h30, dia e hora da final da liga dos campeões, deixaram tudo e lá estiveram para confirmar o trabalho deste homem em prol dos pobres, dos marginais, dos sem-abrigo, dos alcoólicos, dos toxicodependentes. O testemunho de um antigo sem-abrigo, na sessão já no salão de S. José foi o toque final que faltava para apreciar a obra deste padre, um verdadeiro apóstolo da rua.
O Padre Weber foi sempre incómodo para o poder político. Porque muito lesto sempre a denunciar o que está mal. Foi sempre a voz dos sem voz.
Nestes Açores onde a sociedade civil permanece apática, respira mal, amarfanhada pelo gigantismo do Estado, o Padre Weber é aquela voz que surge do nevoeiro a dizer que é preciso olhar para os mais pobres, para os sem sorte.
A minha rendição plena ao trabalho deste homem: padre, professor e acima de tudo agitador de consciências.
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A política no seu pior

O presidente da Câmara de Vila Franca diz que está a dar às juntas de freguesia socialistas o mesmo tratamento que o Governo Regional dá às autarquias do PSD, justificando deste modo o facto de ainda não ter transferido verbas que já deviam estar liquidadas em 2005 (para assinantes).

É a política no seu pior, prejudicando os cidadãos, que nunca deviam ser joguetes da luta partidária.

17.5.06

Liberdade, mas com limites

A blogosfera é de facto um importante espaço de liberdade.
Mas infelizmente há uns espertinhos que fazem da irresponsabilidade a sua marca e do exibicionismo a sua acção.
E ainda não aprenderam que a liberdade tem limites, e que não podem colidir com a liberdade dos outros.
Se querem continuar a exibir-se desta maneira então que sejam coerentes e responsáveis e deixem o agregador Planeta Açores.

Ota e Portas do Mar



O aeroporta da Ota vai custar qualquer coisa como 3.100 milhões de euros. Significa isto um investimento de 2% do PIB nacional. Uma verdadeira afronta e um absurdo para um país com sérios problemas económicos provenientes do descontrolado défice orçamental e das contas externas desequilibradas.
O Portas do Mar vai custar cerca de 50 milhões de euros. Trata-se de uma amálgam de equipamentos, alguns perfeitamente absurdos. E significa 2% do PIB regional.
Ambos os projectos de investimento são desnecessários, seguramente não prioritários, para além de serem investimentos muito avultados. E ambos são obras do regime.
Assim são ambos igualmente monstruosos e faraónicos!
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Pauleta: mais 2 golos

Pauleta jogou e ganhou nos dois tabuleiros: 500.000 do governo regional e 100.000 da Câmara Municipal de Ponta Delgada (para assinantes) . A sua Fundação merece! Posted by Picasa

16.5.06

O olheiro da República

Foto JA
Porque se está a dar tanto valor e tanto mediatismo ao Representante da República? Não passa de olheiro da República, encrustado nestas ilhas dos Açores. Com muito menos competências do que o Ministro da República não justifica as deferências que pretendem dar. Ou é a tradicional aptência dos Açorianos para a canga? Sinceramente não vale a pena perder tempo com tal figura, que devia ter desaparecido há muito. Ignoremo-la. Posted by Picasa

Droga e mais droga

A freguesia dos Arrifes é, a par da vila de Rabo de Peixe, a localidade não urbana de São Miguel onde se regista um maior tráfico e consumo de droga. Esta é uma das preocupações prioritárias da Junta de Freguesia e também da população local, que vê o fenómeno crescer, assim como todas as consequências sociais que o mesmo acarreta (para assinantes).
Enquanto à nossa volta a toxicodependência grassa a olhos vistos, o poder local e o poder regional andam distraídos com o Tino de Rans, a Micaela e a Ruth Marlene, ou o concerto de música clássica para bebés, o Portas do Mar, e as estradas para o Nordeste na modalidade SCUT,s.
Incoerência! Há que resistir a esta onda de irresponsabilidade.

15.5.06

Família - Amor e Vida

...
Preocupam-nos, designadamente, a pretensão de alguns grupos de que se reconheça como “casamento” a união de facto de pessoas do mesmo sexo, até com capacidade jurídica para adopção de crianças; a tendência para uma maior facilitação do divórcio, considerando desnecessários quaisquer esforços ou tentativas de conciliação e defesa do vínculo matrimonial; o aumento da violência doméstica e o tráfico de pessoas e órgãos; o número de suicídios e homicídios e a proliferação de armas ligeiras; o consumo crescente da pílula do dia seguinte, reconhecidamente abortiva, e as condições em que a mesma é facilitada; a perspectiva de uma campanha a favor do aborto a pretexto de um novo referendo para alargar ainda mais os prazos legais em que o mesmo se possa realizar; e finalmente, toda a problemática relacionada com a Procriação Medicamente Assistida, sobre a qual o Parlamento se prepara para legislar, sem ter prestado uma informação conveniente e sem promover o debate público que se impõe.
...

Nota Pastoral da Comissão Episcopal do Laicado e Família sobre a «Semana da Vida»

13.5.06

Diagnóstico pesado

Portugal significa, evidentemente, o país que os governos da democracia fizeram. Um país da Segurança Social falida, da Saúde em desordem e do Ensino para o desemprego. Um país de partidos corruptos, de clientelas, de promessas vãs. Parafraseando o outro, um país que não sabe o que é, nem o que quer, nem para onde vai, que está hoje na moda e amanhã no pântano.
Vasco Pulido Valente-Público 03-05-06

Será este diagnóstico somente para Portugal Continental? Não acredito! Muito se aplica também, infelizmente, à Região Autónoma dos Açores.
Há que resistir!

12.5.06

Organização, gestão e eficácia


Como é que se consegue convencer os políticos e governantes dos Açores que o desafio destas ilhas não está mais nas estruturas de betão (muitas faraónicas!) mas sim nas estruturas organizativas, na gestão e na eficácia? Posted by Picasa

Sociedade deficitária

Luis Bastos, em editorial, toca certo na ferida:
Urge pensar se é possível, ainda que em parte limitados por este "défice natural" que é o microcosmos social, político e económico em que resistimos, congregar energias e gerar espaços de intervenção crítica capazes de subsistirem por si próprios, sem a sombra fantasmagórica de um poder omnipresente e sem o sentimento - quase neurótico - de que a participação cívica e política em geral pode colidir negativamente com interesses particulares ou de grupo.
Temos, e felizmente, um regime democrático, mas vivemos numa situação de partido quasi-único. Com frequentes sinais e tiques de regime totalitário, devido ao gigantismo do Estado aqui, nas ilhas.

Sociedade da irresponsabilidade



O Tino de Rans, o presidente de junta agora tornado vedeta, e a Ruth Marlene estiveram recentemente em S. Miguel na Semana Académica.
Não teria nada a ver com isto se não estivessem envolvidos dinheiros públicos no financiamento da Semana Académica. Não posso admitir nem aceitar que o produto dos meios impostos tivesse sido aplicado em semelhante espectáculo, de música pimba de muito mau gosto, à mistura com muita cerveja. Só falta ouvir novamente que isto é cultura, que isto é importante para o turismo. São as justificações que ouvimos amiúde, absurdas e irrealistas.
É a sociedade do divertimento e da irresponsabilidade no seu auge, que deve ser combatida pela sociedade civil sensata e lúcida. Assim não!
Se querem divertir-se com o Tino de Rans e a Ruth Marlene que paguem do seu bolso. Nunca com os meus impostos. Vão para o diabo!


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11.5.06

Sociedade do divertimento (e da irresponsabilidade!)

S. Miguel, a maior ilha dos Açores, vive um problema muito grave de alcoolismo. Devido a uma oferta de bebidas alcoólicas desenfreada, permissiva e quantas vezes apoiada pelo poder público, nas muitas festas locais e regionais. Por uma ausência de política de prevenção que possa surtir alguma redução no consumo. E pela promoção de uma sociedade de diversão e do prazer, quantas vezes irresponsável.
S. Miguel também vive já um problema de toxicodependência que começa a ser deveras preocupante, especialmente junto dos jovens em idade escolar.
Estes flagelos contribuem para a destruição e o sofrimento de muitas famílias e está a corroer a sociedade insular.
E para se confirmar basta visitar uma instituição de acolhimento de crianças. Lá está o “sub-produto” desta sociedade de consumo, egoísta e irresponsável.
Para além destes dois flagelos sociais começa-se a viver outro: a insegurança.
Há muitos idosos encurralados nas suas casa com pavor dos assaltos que em alguns concelhos são frequentes e por ondas que arrebatam ruas inteiras.
E há muitos estabelecimentos comerciais que estão a ser frequentemente assaltados para desespero dos seus proprietários.
Há vandalismo por tudo o que é sítio nesta ilha verde. E há uma cultura de impunidade e de libertinagem que grassa por todo o lado.
A par desta situação de medo, terror e desespero, nunca se assistiu a tamanha onda festivaleira como nos dias de hoje, com apoio das autarquias e do governo regional.
Enquanto muitos são vítimas da criminalidade crescente aqui nesta ilha, alguns divertem-se à brava nas duas casas de espectáculos de Ponta Delgada, com espectáculos do exterior, a preços subsidiados, portanto pagos por todos nós contribuintes. E muitos preparam-se para os inúmeros concertos e festivais de verão, com artistas de fora, pagos a peso de ouro, e proporcionados pelas autarquias dos Açores. São milhões e milhões esbanjados e sem qualquer retorno económico, quando tanta falta fariam para debelar estes graves flagelos, que nos estão a minar a todos. Total desvario e enorme incoerência!

9.5.06

Na cauda da Europa


Que permanecíamos na cauda da União Europeia já sabíamos. Mas que vamos continuar na cauda até 2050 é simplesmente deprimente. Estamos tramados! Posted by Picasa

O caminho é este: golfe e natureza


Aqui está o caminho para o desenvolvimento turístico dos Açores, e neste caso de S.Miguel. O produto golfe e natureza poderá ser muito forte, se devidamente promovido e com os investimentos adequados. Posted by Picasa

7.5.06

A destruição da Caloura?


Aí está mais uma tentativa de destruição da zona envolvente ao porto da Caloura pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (estranho!) com o apoio entusiástico da Câmara Municipal da Lagoa que diz estar a defender o interesse dos pescadores que representam 100 famílias.
Então o que pretendem é aumentar o pontão existente para receber barcos maiores, e dar maior facilidades aos pescadores existentes.
E o receio é uma monstruosidade como fizeram na Ribeira Quente, numa zona balnear e piscatória de invulgar beleza, muito mais sensível, considerada um ponto de enorme valor turístico. Isto numa baía pequena e estreita que não se compadece com uma estrutura como querem fazer. Perfeitamente absurdo!
A Câmara Municipal da Lagoa diz defender os 100 pescadores. E quem defende os milhares de pauenses que utilizam a zona balnear da Caloura? E os milhares de açorianos, continentais e estrangeiros que anualmente procuram a Caloura e que dinamizam a economia da Vila de Água de Pau e desta ilha? Muito estranho! Ao que parece os 100 pescadores mantêm a autarquia refém dos seus interesses apenas. Quando a Caloura é um SIC (Sítio de Importância Comunitária) e pertecente à Rede Natura 2000.
Este Blog vai dar muita luta a esta pretensa destruição da Caloura. Não tenham dúvidas! Posted by Picasa

O Bom Pastor



O Bom Pastor é o verdadeiro e corajoso pastor, que não faz qualquer cálculo, ama gratuitamente as suas ovelhas e por elas sacrifica a vida. Não é como o mercenário que se limita a cumprir o contrato acordado, ficando-se pelos serviços mínimos obrigatórios.
Este domingo do Bom Pastor até coincide com o Dia da Mãe, qual pastora que ama desalmada e despojadamente os seus filhos, dia e noite, sem interrupões. Posted by Picasa

6.5.06

Crimes nos Açores



Os Açores são a 4ª. região do país em número de crimes por habitantes. São 43 crimes por cada 1.000 habitantes, segundo o Relatório de Segurança Interna de 2005 (para assinantes).
Em 14 regiões estamos em 4º. Mau de mais !
Enquanto se vão cometendo os crimes, especialmente contra pessoas e património, a classe política e um segmento da sociedade civil divertem-se à brava em S. Miguel, com espectáculos a preços subsidiados, portanto pagos por todos nós contribuintes, nas duas casas da praça. Incongruências! Posted by Picasa

Precisa-se

Precisa-se desesperada e urgentemente de um lugar, em qualquer fila, da classe económica, de Ponta Delgada para Lisboa e regresso. Quem puder dispensar ou souber como se consegue o desejado lugarinho, favor contactar este blog.
Não queremos ir para Amesterdão, nem para Londres, nem para Paris ou Madrid, queremos apenas ir a Lisboa, trabalhar. E tem de ser na Sata Internacional, porque não há outro operador.
Pensamos que temos direito a isto, como cidadão insular, como contribuinte com os seus impostos em dia, que só pode ir a Lisboa, via aérea e na Sata. Não há outra qualquer alternativa de transporte.
Ou não acham?

Destreza


É impressionante a destreza com que saltam os pescadores dos barcos de boca aberta, mesmo com botas e calças de borracha e a rampa de varagem escorregadia dos limos. Posted by Picasa