23.12.05
22.12.05
Casamento só para hétero é inconstitucional
Casamento só para heterossexuais é inconstitucional, afirma o Secretário de Estado Jorge Lacão.
Este governante, com a tutela da igualdade, admite alteração da lei "mais cedo que tarde" mas com "amplo debate". Nada menos do que o lobi "gay" em plena acção (vejam quem elabora a notícia).
Respeitamos os homossexuais. Respeitamos as uniões de homossexuais. Têm este direito, se assim entenderem, de viverem juntos, de partilharem o mesmo lar.
Agora também exigimos respeito pelo matrimónio, um sacramento para os cristãos, e sempre a união de um homem e uma mulher. Não podemos aceitar que queiram assumir a sua condição (e têm este direito) e que depois queiram também ter acesso ao casamento, que é uma convenção entre um homem e uma mulher.Ou até que queiram adoptar crianças. Nem tanto! E há modas que não devem ser copiadas!
Natal de esperança ou de hipocrisia?
...Mas quando o "ter" vira religião e o "ser" vira aberração, assistimos ao desmembramento do humanismo e da autenticidade afectiva das relações pessoais...
...Nestes dias já se torna difícil encontrar a mensagem do presépio e meditar, serenamente na sua verdade eterna...
...Nunca se falou tanto em solidariedade. Talvez estejamos a pensar em "coisas" para dar. Na realidade, precisamos de preparar novos Homens com melhor educação, instrução e civismo...
Opinião de Mário Belo Maciel, a não perder hoje no Jornal dos Açores. Um excelente trabalho.
Fisco confisca bens de contribuintes faltosos
A Direcção-Geral de Contribuições e Impostos está a trabalhar num modelo operacional que permita "confiscar" os bens dos contribuintes de maior risco, antes de ser instaurada a execução fiscal.
Pagar impostos é uma obrigação de todos os cidadãos, e não só dos trabalhadores por conta de outrem, como tem sido no passado. O Estado tem de exigir, por qualquer modo, o pagamento de impostos de cidadãos que continuam a viver na "economia substerrânea", numa injustiça inaceitável.
Se todos pagarmos impostos um dia pagaremos menos porque o "bolo" aumenta.
Mas também o Estado tem a obrigação de aplicar bem as receitas dos nossos impostos. Os governos e as autarquias têm que aplicar o dinheiro dos nossos impostos de forma criteriosa, racional rigorosa e séria. E não é isto que se verifica amiúde.
21.12.05
Listas de espera (de desespero)
Um terço das especialidades do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada tem as suas consultas na linha vermelha das listas de espera. Quer isto dizer que 12 das 33 especialidades estão com listas de espera de seis meses ou superiores.
Agora digam-me como é que esta situação de deficiente acesso aos cuidados de saúde por parte da população mais necessitada se compagina com os circos, os ballet, os musicais, as óperas, com intervenientes de fora pagos por todos nós a preço de ouro, com as marinas quase concelhias, com os agora pavilhões multi-usos concelhios, com as inúteis Portas do Mar, com as desnecessárias vias rápidas da Ribeira Grande ao Nordeste (SCUT), com os milhões para equipas de futebol que alimentam jogadores de fora, com os milhões de subsídios avulso para tantas actividades perfeitamente dispensáveis etc...
Por isso continuamos na cauda de Portugal e da Europa. E com problemas sociais graves! Que a todo o custo a nossa classe política quer esconder...
18.12.05
16.12.05
A escravatura do telemóvel
Uma nova escravatura apoderou-se dos cidadãos deste jardim à beira mar plantado e das pequenas ilhas do Atlântico: a escravatura do telemóvel.
O número de clientes de telemóveis já é mais de 11 milhões. Estamos presos ao telemóvel.
De facto é um exagero!
Incongruências!
Na imprensa de hoje:
Circo de Monte Carlo no Coliseu, artistas da rússia, China, Austrália, Argentina, Lituânia, Alemanha e Cazaquiatão deslocam-se este mês a Ponta Delgada para participarem no Circo de Natal nos dias 28 e 29 de Dezembro;
Casa Cheia no Teatro Micaelense para um tradicional bailado de Natal, escrito por Alexandre Dumas e musicado por Tchaikosvski, "O Quebra Nozes" interpretado pelo Ballet do Teatro da Ópera de Jarkov, da Ucrânia, nos dias 16 e 17;
E as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens instauraram em 2004 um total de 11.991 processos de acompanhamento de menores, menos 871 relativamente ao ano anterior, segundo um documento oficial recebido pela Agência Lusa.
O relatório indica que a Região Autónoma dos Açores é o local com a maior percentagem de situações de perigo(para assinantes) , com três por cento, seguida dos distritos de Setúbal com 2,55 por cento, Faro 2,35 por cento, Santarém 2,33 por cento, Lisboa 2,29 por cento e a Região Autónoma da Madeira com 2,06 por cento.
Como se compatibiliza a euforia circence e festivaleira de alguns com o dinheiro de todos, com as crianças abandonadas e em perigo, especialmente nesta quadra Natalícia, que deve ser de amor e solidariedade para com os desfavorecidos?
Incongruência!Injustiça!Demagogia!Irresponsabilidade!Falsidade!Cinismo!
Precisamos de outros políticos. Políticos espiritualizados e com coração...
15.12.05
Polémica nas Portas do Mar
Polémica nas Portas do Mar revela a aptência e o apetite dos empreiteiros por esta obra. São perto de 50 milhões para uma obra de regime, desproporcional, desnecessária e desenquadrada (para o "povão" naturalmente!). Para uma certa e determinada elite faz todo o sentido.Pudera!
Recursos "travam" Cais de Cruzeiros
Quatro recursos "travam" o Cais de Cruzeiros, (para assinantes) agora denominado de Portas do Mar. Assim já percebemos quem de facto ganha com esta obra: os empreiteiros. O "povão" nada ganha, antes pelo contrário, até perde porque vê projectos de investimento adiados e muito mais prioritários do que esta obra faraónica.
13.12.05
Cruzes e crucifixos
Sem mais palavras!
"Se, em nome da lei da liberdade religiosa, se começa a banir cruzes de escolas, terão pensado os libertários onde se iria parar, se quisessem ser inteiramente coerentes? (...) Em primeiro lugar, era preciso mudar de bandeira. (...) As cinco quinas figuram o quê? Como toda a gente sabe, ou devia saber, figuram as cinco chagas de Cristo (...)". João Bénard da Costa,Público, 04-12-05.
"Porque há feriados dias santos neste Estado Laico? Não serão inconstitucionais? (...) E sendo dias santos, porque se dispensam de trabalhar nestes dias os ateus e agnósticos, que não querem crucifixos nas escolas? Porque não são proibidos presépios e árvores de Natal em locais ou estabelecimentos públicos, para não ferirem a laicidade do todo-poderoso Estado? Ou será que um crucifixo é mais “perigoso” que a representação simbólica do nascimento de Cristo? (...) Porque não proíbem atletas e jogadores da selecções de Portugal de fazerem o sinal da cruz (...)? Porque não acabam com esses cartões de boas-festas natalícias que os ministros, secretários de Estado, directores-gerais e tantos responsáveis do estado gastam com o dinheiro dos contribuintes?" António Bagão Félix, Diário de Notícias, 04-12-05.
"Está o governo disposto a reconhecer que a época natalícia ofende os preceitos da Constituição?" Constança Cunha e Sá, Sábado, 01-02-05.
Apoios à habitação social são cegos
"Os apoios à habitação social são cegos. As regras excluem os pobres e dão origem a oportunismos".
O Padre Weber Machado toca novamente num caso muito delicado e problemático hoje no Açoriano Oriental (só para assinantes).
"Efectivamente esta é uma Região com grande crescimento económico, embora com enormes desequilíbrios sociais.
Em São Miguel temos hotéis, vamos ter SCUTS e um Cais de Cruzeiros, mas o álcool, o insucesso escolar e a pobreza permanecem fenómenos preocupantes.
Em São Miguel, a ilha mais próspera, 9% da população é beneficiária do Rendimento Social de Inserção."
Cada vez mais se notam as incongruências dos políticos que deviam pugnar pelo bem estar de todos os cidadãos, mormente os mais necessitados. Precisamos de políticos humanizados e espiritualizados. Políticos do terceiro milénio.
12.12.05
Aterro de S. Miguel
O tempo de vida do aterro sanitário de S. Miguel tem apenas 18 a 20 meses de vida útil.
E os responsáveis por esta situação grave são a Associação dos Minicípios de S. Miguel e o Governo Regional. Que estão muito mais preocupados com a política cultural( festivaleira) de pacotilha e enlatada, e com as obras faraónicas de betão, desnecessárias e sumptuosas. Mas esquecem-se do lixo e do seu tratamento. Estranhas prioridades!
11.12.05
Espectáculo de beneficência
O Teatro Micaelense vai ter um espectáculo de beneficência , de angariação de fundos para a AMI (Associação Médica Internacional). Bem poderia ser para uma Instituição destas ilhas, que muito iria apreciar este evento: Casa do Gaiato, Patronato, Lar Mãe de Deus, Lar Nossa Senhora do Livramento, Bom Pastor, Casa de Saúde, etc...Mas é para fora...E bastava olhar para o lado. Que pena!
O preço e o valor neste Natal
Vivemos numa sociedade que sabe muito bem o preço de tudo, mas não conhece o valor de nada. (Oscar Wilde)
Nada mais apropriado para este Natal, onde a grande maioria passa a correr de loja para loja à procura das compras para oferecer. Esquecendo-se do essencial: o nascimento Daquele que veio ao mundo para libertar os homens do pecado, da opressão, da infelicidade e da angústia.
7.12.05
150º. Aniversário do Lar Mãe de Deus
O Lar Mãe de Deus comemora 150 anos de vida, desde a sua fundação pelo Padre César Augusto Ferreira Cabido. São 150 anos a acolher crianças e jovens provenientes de famílias desestruturadas e que precisam de um lar que minimize a sua enorme dor e o seu sofrimento.
Tenho uma grande alegria por ter a oportunidade de servir esta Instituição como voluntário.
É o mínimo que posso dar a quem nada tem: o meu serviço, o meu amor, a minha solidariedade.
Bem haja a todos que permitem que esta Casa continue, nos dias de hoje, a acolher os mais pequenos e carenciados.
5.12.05
O quebra-nozes e o espírito natalício
Encontra-se esgotados os dois espectáculos do bailado "O Quebra-Nozes" pela companhia de Ballet do Teatro da Ópera de Jarkov que se irão realizar nos dias 16 e 17 do corrente mês, pelas 21h30, no Teatro Micaelense.
A Região Autónoma dos Açores é uma das regiões mais pobres de Portugal e da União Europeia. Com 26.000 alcoólicos, 5.000 toxicodependentes, 600 crainças e jovens institucionalizadas e ainda milhares em perigo a deambularem pelas várias e conhecidas bolsas de miséria, 80.000 sem médico de família, mas temos "O Quebra-Nozes" para quebrar a monotonia de uma elite, porque uma parte significativa nem nozes tem, a não ser que seja contemplada pelo Banco Alimentar contra a fome. Incongruências nestas ilhas e neste Natal!
Alcoolismo: um problema de saúde pública nos Açores
O alcoolismo em S. Miguel começa a ser dramático. Nada se faz para impedir acesso dos jovens ao álcool.
O médico do Centro de Saúde de S. João de Deus, Dr. Paulo Vidal, considera o alcoolismo um dos maiores problemas de saúde pública dos Açores, onde há 26.000 alcoólicos, e critica a falta de um Plano Regional de Prevenção do Álcool.
De facto precisamos de governantes humanizados e de autarcas espiritualizados, que possam compreender e resolver os problemas sociais, e não mais de "mestres de obras" preocupados com esta e aquela empreitada de algum projecto desnecessário, ou de "mestres de cerimónia" para os vários espectáculos dados ao povo.
Espírito Natalício
BROADWAY’S SPIRIT OF CHRISTMAS
Dezembro- 9 e 10
COLISEU MICAELENSE
Directamente da Broadway
BROADWAY’S SPIRIT OF CHRISTMAS
Em estreia nacional e exclusivo regional
Mais de 30 cantores e bailarinos norte-americanosinterpretando as mais belas canções de Natal num espectáculo para toda a família em digressão pela Europa.
Directamente da Broadway
BROADWAY’S SPIRIT OF CHRISTMAS
Em estreia nacional e exclusivo regional
Mais de 30 cantores e bailarinos norte-americanosinterpretando as mais belas canções de Natal num espectáculo para toda a família em digressão pela Europa.
Região Autónoma dos Açores uma das regiões mais pobres de Portugal e da União Europeia, com problemas sociais ainda graves: habitação insuficiente, bolsas de miséria, toxicodependência, alcoolismo, insegurança urbana, crianças e jovens em perigo, reformados e pensionistas no limiar da pobreza, doentes sem médico de família, idosos carenciados, lixeira a céu aberto, escolas sem condições...
Onde está o espírito natalício? De partilha, de amor especialmente para os mais necessitados? Certamente que não está no Broadway's Spirit of Christmas! Este é para uma elite privilegiada.
4.12.05
Incongruências
A comissão regional de luta contra a SIDA sem verbas para acções de sensibilização . A comunidade escolar impotente para conter o tráfico e consumo de drogas nas escolas e nos locais circundantes. A Secretaria da Educação aumenta as gratificações dos directores das escolas.
É a enorme teia política a movimentar-se e a tomar conta da sociedade civil, impávida, imobilizada e dependente. Só existe ESTADO nestas ilhas! E para o que querem...
A auto-suficiência
"...Mesmo que acabassem as transferências do Orçamento de Estado e da União Europeia , nós conseguiríamos fazer face às nossas despesas de funcionamento e ainda conseguiríamos investir 70 ME, o que não é significativo face ao volume de investimento, mas é um indicador crescente e esse rácio tem vindo a evoluir positivamente ao longo dos anos." Sérgio Ávila
Um cenário de auto-suficiência perfeitamente surrealista. As receitas próprias da RAA praticamente só dão para as despesas de funcionamente desta monstruosa máquina administrativa. Como seria possível sobreviver esta Região sem o investimento público? Os grandes empreiteiros faliriam. O desemprego disparava. As instituições de solidariedade social fechariam as portas. As unidades de saúde paralisavam. As escolas não funcionariam por falta de condições. Não haveria investimento privado por falta de incentivos. O governo não poderia repararar ou construir estradas. E acima de tudo o governo não poderia avançar com as faraónicas Portas do Mar (o que até seria bom!). Não haveriam equipas açorianas a disputar campeonatos nacionais. Nem subsídios para tudo que mexe. Enfim seria o colapso total da economia regional.
Já basta de intervenções ridículas e demagógicas de Sergio Ávila. É a política no seu pior!
2.12.05
O problema da Universidade dos Açores
Ao contrário do que pretende concluir o Reitor da Universidade dos Açores em entrevista ao Jornal dos Açores, o seu verdadeiro problema financeiro não está no lado das receitas próprias ou das transferências do governo da república e mesmo eventuais verbas do governo regional. O verdadeiro problema reside nas suas despesas de funcionamento. E é aqui que se tem de resolver o problema e não exclusivamente pedir e exigir mais verbas da república.
Todos nós já percebemos que há ineficiências na Universidade que devem ser debeladas: com uma gestão criteriosa, com um acompanhamento estreito dos custos e com decisões, mesmo que impopulares, mas que têm de ser tomadas. Há que eliminar muitos desperdícios e assim nem é necessário subir o valor das propinas.
Aliás a Universidade, como as demais instituições do Estado, têm de ser adequadamente geridas. São fundos públicos provenientes dos nossos impostos que estão em causa.Numa altura de aperto financeiro exige-se muito rigor nos custos, inovação, criatividade e muita coragem para alterar hábitos, procedimentos e atitudes.
Excessos neste Natal
Nuno Mendes em editorial hoje, no Jornal dos Açores, aborda a excessiva opulência dos gastos festivos, nesta quadra natalícia.
Mais um apelo à mudança de consciências dos governantes, dos políticos e dos cidadãos.
Não esbanjam dinheiro, quando há ainda nestas ilhas muitas famílias carenciadas.
E como o Natal deve ser uma época de partilha faz todo o sentido a proposta de um dos inúmeros espectáculos nas duas Casas de Ponta Delgada servir para angariar receitas a distribuir por Instituições de solidariedade social, mormente de acolhimento de crianças e jovens. Que bonito seria!E que ajuda!
1.12.05
Os verdadeiros indicadores do turismo
Já se desconfiava que o discurso do governo sobre a evolução do turismo nos Açores não era claramente verdadeiro. Limitava-se a clamar sucesso porque o número de turistas aumentou e a oferta também aumentou. Mas não é tudo e é erróneo analisar apenas estes indicadores.
O Açoriano Oriental apresenta um artigo Meias Verdades também são Mentiras do jurista Alberto Pereira que desmonta todo o discurso efusivo do governo. Afinal o panorama do turismo nos Açores está longe de ser cor-de-rosa. Interessa analisar outros indicadores como a taxa de ocupação, a receita média por cama e a receita média por dormida. Estes é que são indicadores que nos dão a verdadeira situação do sector. A taxa de ocupação não cresce. A receita média por cama até baixa de 6.503 para 6.463€ de 2003 para 2004. A receita média por dormida a preços constantes de 1996 baixa de 42 para 36€.
O articulista também conclui que as remunerações médias dos trabalhadores da hotelaria são as mais baixas do país.
Portanto temos mais turistas, mas que deixam pouco nos Açores. E quando dividimos o que consomem nos Açores pelo número de camas ou por cada dormida é um desastre.
E mais uma prova evidente de que isto está a acontecer é a degradação dos preços que se está a verficar por parte dos hotéis de 4 estrelas, num pilha apanha desesperado.
Isto de mandar vir carradas de turistas nórdicos em operações altamente subsidiadas não resulta. É um logro! E degrada o destino dos Açores, que deve vingar pela diferença, pelo exotismo das suas paisagens, pela tranquilidade e pelo bom serviço. Nunca pela massificação. Era bem possível ter menos turistas e ter muito mais receita, procurando segmentos de mercados de maior poder de compra.